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Grupo Fernando Barata em dificuldade económica encerra hotel em Castelo de Vide

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O Grupo Fernando Barata está com dificuldade económicas e muitos trabalhadores têm os salários em atraso. O Grupo acaba de encerrar o Hotel Sol e Serra, em Castelo de Vide. (aqui).
Também em Évora, no Hotel D. Fernando, do mesmo grupo, existem salários em atraso.

DA de amanhã

Tribunais de Sines, Castelo de Vide e Portel vão fechar

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O Governo vai fechar 20 tribunais e converter 27 dos que hoje existem em secções de proximidade, determina o diploma regulamentar da Reorganização Judiciária aprovado nesta quinta-feira em Conselho de Ministros.

No Alentejo fecham os tribunais de Sines, Castelo de Vide e Portel., enquanto que os tribunais de Mértola, Arraiolos, Avis e Nisa passam a funcionar como secções de proximidade (aqui e aqui)

Hoje no Armazém 8, em Évora

Évora: despedimentos na Kemet

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colegas, estamos a assistir a mais um triste episódio protagonizado por quem devia mostrar uma postura profissional no local de trabalho. o que assistimos hoje foi por demais vergonhoso. que gente é aquela? que maneiras são estas de conduzir um despedimento coletivo? que advogado se dá a uma novela desta? a troco do quê, nos fazem viver dias como o de hoje? mais uma vez estão a brincar ás experiencias connosco. mas esta gente pensa que vem para o Alentejo gozar connosco? colegas, o que se está a passar na empresa nos últimos dias, com aliciamentos individuais para rescisões á parte do despedimento coletivo, estando os trabalhadores numa lista de despedimento, É GRAVE DEMAIS. é de quem está a gozar com quem trabalha ou estão completamente de cabeça perdida. tudo isto se torna mais grave, quando a ACT de Évora tem conhecimento da situação, pois já houve colegas que se deslocaram ao ACT a questionar a legalidade do acordo assinado PROPOSTOS PELA EMPRESA E, fecharam os olhos e, além de não agirem ainda responderam mentiras ao trabalhador. É PARA GENTE DESTA QUE VÃO OS NOSSOS IMPOSTOS??? sr. advogado meta o 1.2 num sitio que eu cá sei. COLEGAS E AMIGOS, PARTILHEM SFF, PARTILHAR É DENUNCIAR.

Évora: Teatro hoje e amanhã no Garcia de Resende

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TEATROGARCIA DE RESENDE
Novas diretrizes em tempos de paz
de Bosco Brasil

pel’A Escola da Noite

texto Bosco Brasil encenação António Augusto Barros elenco Igor Lebreaud e Jorge Loureiro figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção luz Danilo Pinto som Zé Diogo

7 e 8  de Fevereiro

sexta e sábado, 21h30

Hoje na BruxaTeatro: "The Power of No"

Primeira página do 1º número do quinzenário Sudoeste

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Um jornal para o Litoral Alentejano. O 1º número saiu hoje.


O grito de aflição de um grande jornalista.

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Luís Nascimento é um dos grandes jornalistas deste país. Durante quase 20 anos correu mundo em reportagens para a Antena 1, onde desempenhou funções de chefia nas editorias de política e internacional.
Há dois anos, doente, saiu da rádio ao abrigo do plano de rescisões implementado pela RTP. Debelada a doença começou em busca de emprego. Apesar do vasto e rico curriculum está há dois anos sem trabalho. Teve de se desfazer da casa. Vender o carro. Vive em situação bastante complicada. Este é o seu grito. Aflito. Expressado há dias, publica e corajosamente, através do Facebook.


"Meus amigos

Peço desculpa por não ter respondido a ninguém. Não o fiz por mal.
Nunca me passaria pela cabeça ter que dizer algo de tão pessoal através do Facebook. Foi um impulso, ou um grito, de alguém que se mostra dilacerado com um conjunto de situações que atingem centenas de milhar de portugueses nesta altura. Não tive qualquer objectivo e lamento ter tido este impulso, emocional. No espaço público.
Estive estas horas remetido ao silencio, ajudado por medicação que me foi prescrita para atenuar situações mais difíceis. E não queria causar toda esta ansiedade aos meus amigos, familiares,conhecidos. Não tive condições para atender telefonemas, responder a mais e inúmeras mensagens pessoais no Facebook. Foi um grito, nada mais que isso.
Ninguém pode fazer mais nada que não seja a expressão desta corrente de solidariedade que tenho tido. Que contrasta com a indiferença e incompreensão que surge, muitas vezes, de onde menos se espera. Mas faz parte da vida. Mas superada em boa parte esta alteração no plano emocional, explico-vos com a clareza possível, como aqui cheguei.
Antes de mais queria ressalvar que nunca em momento algum da minha vida, senti necessidade de me dirigir a amigos e conhecidos, com este propósito. Só costumo manifestar o pulsar do meu interior a alguns, poucos, que me conhecem e privam comigo há varios anos. Não faz parte do meu “ADN” expor-me desta maneira, mas julgo que os meus destinatários compreenderão as razões que passarei a explicar. E desde já as minhas desculpas aos que perderão alguns minutos do seu precioso tempo…
No plano pessoal, sou o primeiro a fazer um exercício de critica, auto-critica, muita auto-analise. Não estou numa postura de autopiedade, nem procuro qualquer autovitimização. Tenho tentado ser o mais racional possível para enfrentar a situação mais difícil de toda a minha vida. E com a coragem necessária, se me permitem salientar este aspecto…
A humildade é necessária. Há que descer ao terreno e enfrentar a dura realidade.
Depois de muito batalhar no plano mais formal e institucional na procura de um posto de trabalho, tive a conselho de muitos, que fazer abordagens mais directas e mais pessoais, ate. Com o meu CV e outros elementos que julguei pudessem ser objecto de analise de possíveis contratantes. Tenho procurado, dicas, comentários ou informações que me ajudem a enfrentar este momento decisivo, incerto, mas também cruel por que estou a atravessar.
Há semanas, em carta dirigida a algumas pessoas, declarei em jeito de pedido: "Basicamente, para ser directo tanto quanto possível, gostava de saber se têm conhecimento de possíveis empresas ou instituições/organismos onde eu possa desenvolver uma actividade profissional. Qualquer que ela seja, excepto na área técnica; não tenho aptidões para fazer trabalhos de construção civil, carpintaria, energia, etc., porque estive durante 25 anos ligado ao jornalismo. Inicialmente, com 19 anos, fui vendedor de publicidade num jornal da cidade".
Foi o jornalismo que abracei em 1987,como estagiário. Jornais, rádios locais da regiãode Setubal e no Algarve enriqueceram-me muito como profissional e como pessoa. Procurei apostar na minha qualificação, no início dos anos 90, quando cumpri o serviço militar de quase 16 meses. Tirei um curso no CENJOR; fiz muita pesquisa, li bastante, sempre com o objectivo de aprender mais. Em 1993, já era correspondente local do “Publico”, consegui entrar para os quadros da então RDP (hoje Radio e Televisão de Portugal). Por mérito próprio, por selecção e a empresa estava a reformar os seus quadros. Foi um enorme salto nessa progressão de carreira, e na aprendizagem de novos instrumentos de trabalho. Estive quase 19 anos naquela empresa, que me tratou bem, que apostou no meu trabalho, como no de muitas outras centenas de profissionais.
Agradeço muito a pessoas como o Ricardo Alexandre, o Sena Santos, o Adelino Gomes, e muitas outras pessoas fora da estrutura de Direcção que me incentivaram e reconheceram o meu trabalho. Deram-me a oportunidade de conhecer o mundo, de me especializar numa determinada área do jornalismo.
Continuo a trazer comigo esse capital de colaboração reciproca.
Sempre numa postura de humildade que procurei para mim mesmo e também demonstrar aos outros.
Um súbito e muito pronunciado agravamento do meu estado de saúde, em finais de 2011, alterou por completo a minha trajectoria, a normal, de qualquer pessoa: vontade de viver a vida como ela é, aproveitar o bom que a vida nos dá, trabalhar, ser responsável por tudo o que me diz respeito.
Escondi-me. Achava que tinha que me preservar e não revelar problemas do foro emocional.
Vivi durante 13 anos com a minha filha, depois de um divórcio muito atribulado.
Foi com e para ela, que reconstruí a minha vida, aos 33 anos.
Reconstrui tudo. Era um profissional bem pago na RDP, tudo que no plano material consegui foi à custa do meu trabalho, de muito esforço, de muitas horas de trabalho. O que me deu enorme satisfação foi ter tido o retorno dessa dedicação a um Serviço Publico. Mas eis que no final desse 2011, muito flagelado pela situação que acima referi e completamente incapaz de inverter sozinho essa trajectoria, acabei por rescindir com a empresa, que estava e está a promover programas de rescisão.
Sem medir as reais consequências, acabei por sair, numa muito ilusória e irresponsável “crença” de que o meu cv e capital de experiencia acumulado me abririam rapidamente portas noutros sítios.
As condições revelaram-se outras. Muito mais complicadas. Com a actual crise, muitos jornalistas estão desempregados. Fala-se em centenas.
Nesse inicio de 2012, a situação agravou-se de dia para dia e vi-me confrontado com portas fechadas. Completamente trancadas.
Apercebi-me de que tinha cometido uma enorme asneira.
A desorientação tomou conta de mim, ainda que tivesse procurado como tenho feito até aqui, varias possibilidades de me reenquadrar profissionalmente.
Um quadro que contribuíu para o agravamento do meu problema de saúde. Fui “in extremis” acompanhado, num quadro de emergência, por pessoal clinico muito competente. Em Abril-Junho de 2012. Saí dessa fase mais revigorado, disposto a enfrentar a situação que permanece como pano de fundo. Foi como sair debaixo de uma parte de telhado que não me esmagou mas que era o que restava da passagem de um grande tsunami.
Foi preciso levantar as telhas que me aprisionavam. Sim, foi uma libertação! Total! Com ajuda de pessoas que muito me estimam e que compreenderam muito bem todo o meu quadro pessoal. Têm sido muitos os passos dados, têm sido cautelosos, mas ao mesmo tempo temperados por uma nova maneira, mais pragmática de encarar os problemas. Mas a escassos meses de ficar sem qualquer apoio do Estado, por se esgotar o tempo, em Abril, por se esgotar aquilo que me é subsidiado depois de mais de duas décadas de descontos, estou assustado, não vislumbro uma alteração da situação, muito complicada, como todos devem imaginar, em que se encontra um desempregado, ainda para mais com 46 anos de idade. 
É cruel um País que deixou de ter capacidade para gerar politicas que promovam a agregação dos seus trabalhadores mais qualificados, quando por qualquer razão, deixam de ter o posto de trabalho que ocupavam.
Estou há demasiado tempo. Sou uma das centanas de milhar de pessoas que não vislumbram qualquer melhoria na sua condição.
É cruel, é injusto e não há nada a fazer que não seja reivindicar os nossos direitos e denunciar politicas que estão a matar as pessoas! 
Ainda assim, no ano passado, estive ocupado com actividades civicas. 
Mas não perdi, em termos de competências profissionais, a minha vontade de inverter o desastre em que caí. Porque é de uma questão de sobrevivência e de dignidade que se trata.
Daí ter procurado junto de todos esta ajuda, algumas ideias, dicas, que possam reforçar estas inúmeras tentativas que tenho estado a fazer… 
No ano passado regressei ao CENJOR e tirei um curso para formador profissional. 
Ao mesmo tempo, estive meses quase completamente concentrado em ajudar a minha mae que tinha
perdido o marido. Tem 83 anos, uma saude muito debil e tive que pratocamente soiznho ajuda-la a recuperar do trauma. Quis ir para um Lar da Misericordia, onde tem protecçao, carinho, companhia, está com pessoas que conhece ha muitos anos.
Foi uma obrigaçao moral de um filho que vive mais perto. Nao me foi facil gerir estes problemas todos e ao mesmo tempo apostar na procura diaria e incessante de um posto de trabalho.
Desde o inicio deste ano, fui confrontado com uma situação que se iria colocar a qualquer momento.
Sabia que dentro de pouco meses, deixaria de poder continuar a pagar a minha casa. Honrei sempre os meus compromissos. Mas, fui confrontado com a possibilidade de alugar o imóvel, caso contrario, teria que haver lugar a dação em pagamento. Num prazo muito curto dado pela instituição, um mês e meio.
Desencadeei, sozinho, a espinhosa tarefa de me desvincular da minha casa. Retirar tudo. Um processo doloroso, que mexe com as emoções, que nos remete constantemente para a situação em que nos encontramos.
Não procurei ajuda de ninguém, tive ofertas de ajuda em todo esse processo.
Mas concluí agora essa mudança e eis-me novamente numa encruzilhada e mais frágil. Têm sido dois anos de muito empenho e sacrifício para me sentir motivado e sentir-me o melhor possível e manter uma boa relação com as pessoas que estimo, admiro e são importantes.
Já tinha há alguns meses vendido o meu carro, para poder superar outros encargos e honrar todos os compromissos. Foi apenas uma aspirina, tudo porque no mercado automóvel, existem aqueles que se aproveitam da crise para não aceitar propostas razoáveis de compra.
So espero continuar…
Provavelmente esta minha iniciativa não sera bem vista publicamente, provavelmente terá os seus custos em termos de imagem…
Mas já não me importa muito expor o que realmente se passa.
Não me esconderei mais.
Tento ainda assim respeitar-me e respeitar os outros. 
E tambem estou solidario com todos os que nalgum momento das suas vidas possam precisar de apoio moral e no que for preciso. 
Peço desde já desculpa por vos estar a maçar com isto.
Um grande abraço a tod@s!
Luís Nascimento
Fevereiro 2014."

Este sábado na "é neste país"

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8 de Fevereiro de 2014, pelas 11.30h
Com quantos pontos se conta um conto?

Luís Bettencourt


Apareçam! É neste país!

Este sábado no Imaginário

O torneiro da Mouraria

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Pré-visualização do filme: "O torneio da Mouraria"
Este sábado @ 17h00 no "Manel dos Potes", na Rua do Amauriz, 9, Évora

OS ENREDOS DO CONSELHO GERAL DA UE: ELEIÇÕES ANULADAS E NÃO ADIADAS

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1.A heteróclita composição do Conselho Geral da Universidade de Évora onde os representantes de forças externas se mostram mais interessados na obtenção e controlo do poder que em relação à realização dos superiores objectivos da Academia, só podia dar no que deu - o bloqueio da eleição do novo reitor,  a  repetição  do acto por anulação de todo o processo anterior, e a nomeação acelerada de nova comissão eleitoral. que tinha até ao dia de ontem, 7 de Fevereiro, a incumbência de indicar o Regulamento, o Calendário eleitoral e o edital da abertura do processo de candidatura ao cargo de Reitor.
Vir falar em adiamento de eleições foi e é uma falsidade de todo o tamanho e uma forma de atirar poeira para os olhos da Academia e da cidade num total desrespeito por ambas. Adiar significa protelar, transferir para outra ocasião, postergar. Ora, o acto realizou-se em toda a sua dimensão e só não produziu efeitos porque a Comíssão Eleitoral conhecia deficientemente o Regulamento que ela própria elaborou e se enredou  na sua incompetência gerando uma situação de impasse inultrapassável.
Um escândalo que só veio descredibilizar ainda mais a Universidade de Évora, que no final dos anos 90, era considerada como uma das cinco melhores do país e hoje está na cauda no respectivo “ranking”. Não tergiversemos : o que se passou, devia ter levado o Conselho Geral a demitir-se , porque é dali que partem todos os males. O Conselho Geral é o órgão superior de governo da Universidade cabendo-lhe a sua representação externa, num extenso leque de competências que os Estatutos lhe conferem.
Para quem não sabe, este é composto por 25 membros sendo que 13 são representantes de professores e investigadores, 3 representantes de professores de estudantes, 2 representantes de pessoal não docente e não investigador e ainda por 7 personalidades de reconhecido mérito, não pertencentes à instituição,  com conhecimentos e  experiência relevantes para esta, a serem cooptados posteriormente pelos outros conselheiros já eleitos.
2.O processo de cooptação teve inicio no dia 7 de Dezembro de 2012 na Sala de Docentes do Colégio Espirito Santo pelas 11 horas sendo moderado pelo Professor Carlos Marques, enquanto decano do Conselho Geral.. Segundo a acta a que vim ter acessoalgum tempo depois,  este, após ter saudado os  colegas conselheiros, todos presentes, «realçou o interesse colectivo da instituição, que a seu ver, se devia sobrepor aos interesses particulares». Propôs uma reflexão conjunta antecipada à apresentação dos nomes, salientando o contexto legal a deviam obedecer e colocou à apreciação dos  outros conselheiros uma matriz para orientação, subordinada a sete critérios gerais : 1)Experiência no Conselho Geral anterior; 2) Pertença a Évora ou ao Alentejo e sua governança institucional; 3) Empresários e Gestores regionais e nacionais; 4) Ex-alunos empreendedores ou profissionais de relevo ; 5) Académicos destacados nas áreas destacados nas áreas científicas das escolas da U.E. ; 6) Personalidades ou  Políticos nacionais ou internacionais na área da Comunicação Social: 7) Individualidades da Área Social, das Fundações ou da Solidariedade Social.
É a partir deste momento que se vai perceber que o jogo já está viciado e o processo inquinado. Continuando a servir-me fielmente da acta., «o conselheiro João Rabaça  solicitou a discussão de um ponto prévio antes da ordem de trabalhos, cuja inclusão requereu constasse em acta. Deu conta da recepção de uma mensagem destinada a grande parte dos conselheiros do órgão, via correio electrónico, remetida por um Vice-Reitor  na véspera da tomada de posse oficial do actual Conselho Geral. A mesma continha um documento anexo com a indicação de nomes e respectivas biografias sugerindo que fossem hipóteses de pessoas a cooptar.
O conselheiro manifestou o seu mas vivo repúdio por esta prática, atitude que ia  contra o previsto  pelo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior e propôs que esses nomes fossem  ignorados uma vez que em caso de aceitação o órgão transmitiria à Academia a ideia de permeabilidade». A proposta do Rabaça foi desde logo secundada pelo conselheiro Luís Croino assim como pelo conselheiro Paulo Neto que «salientou o facto de a mensagem recepcionada não ter sido remetida por qualquer docente mas por alguém que desempenha funções de governo ao mais alto nível». Paulo Neto lamentou a atitude e frisou a necessidade do Conselho Geral se posicionar ignorando os nomes propostos o que simbolicamente uma liberdade de escolha». .
As intervenções seguintes não foram no mesmo sentido . Clara Teixeira discordou da supressão total dos nomes «porque que alguns deles podiam ser coincidentes com os  que viessem a ser propostos por alguns membros eleitos» no que foi seguida por Neto Vaz.. Para a primeira «tinha havido um movimento mas que não havia sido dirigido a todo o Conselho Geral. Clara Grácio disse que só se sentia coagida se a primeira votação fosse feita sobre essa proposta vinda de um elemento exterior ao órgão. E assim, e a pouco e pouco, esta tentativa directa de condicionar as opiniões e vontades foi entendida pela maioria dos membros como um acto lamentável  que deveria ficar registado em acta mas não mais que isso. Os nomes não foram divulgados, apesar da vontade de João Rabaça e Paulo Neto
Desta forma o governo levara a sua avante embora usando de uma forma ilícita. Falhara no entanto a pontaria no que toca aos que estariam dispostos a seguir as suas indicações, Houve assim quem não aceitasse a interferência e a denunciasse no local próprio. Mas os outros destinatários da mensagem já tinham incorporado esses nomes no quadro das suas opções e não a retiraram. Entre os  conselheiros não afectos ao governo, também eles naturalmente, em defesa  de diferentes interesses estratégicos políticos de base regional, pequenos lobbies locais, empresariais e até mesmo religiosos, apostava-se em figuras muito diversas.
3. Dada por encerrada a discussão deste ponto prévio entrou-se na ordem de trabalhos com o conselheiro António Sousa a apresentar uma proposta de flexibilização e simplificação da grelha metodológica apresentada por Carlos Marques dando ênfase principal aos pontos 2, 3, 5 e 7 nos quais se poderiam encaixar os critérios 1, 4 e 7 a qual mereceu consenso alargado e veio a ser adoptada. Chegara entretanto a hora de almoço pelo que os trabalhos foram interrompidos para o efeito. E aqui, embora como é evidente, a acta o não refira, o mal estar entre os conselheiro era mais que patente, segundo me relatou um dos conselheiros presentes.
Reatada pelas 15.30, a conselheira Cláudia Teixeira propôs que se avançasse com a indicação dos nomes de modo a recolher informação sobre cada um deles e decidir por votação posterior, dando-se um prazo de cinco dias. A esta foi contraposta uma outra que propunha avançar com a indicação dos nomes, fundamentar sucintamente cada uma das propostas e votar imediatamente. Colocadas a votação venceu esta última por 16 votos contra 2 ( Cláudia Teixeira e Clara Grácio) . Para a maioria,  no caso em que as coisas estavam, mais valia dar celeridade ao processo antes que novos condicionalismos surgissem.
Foi assim que durante perto de quatro horas foram apresentadas de forma breve e acelerada as candidaturas de 63 (sessenta e três, sim) personalidades. Mas na dispersão das mesmas, sete acabaram por aparecer muito mais vezes citadas, pelo que, segundo a acta foram eleitos para os sete lugares em aberto com a indicação do critério e perfil correspondente : «Maria Luísa Saldanha Sanches, analista de Política Regional da Comissão Europeia, perfil 2, António Silvestre Ferreira., presidente da Herdade do Vale da Rosa, em Ferreira do Alentejo, perfil 3 e António Bagão Félix , gestor e político, Armindo Monteiro, presidente do Conselho de Administração da Compta e vice-presidente da CIP, João Sentieiro, ex-presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia e catedrático no Instituto Superior Técnico, Adalberto Campos Fernandes, médico e presidente da Comissão Executiva do Hospital de Cascais e Maria de Lurdes Guerreiro, presidente da Endemol, os cinco correspondentes aos perfis 5 e 6. Os perfis 1, 4 e 7 foram negligenciados por completo,
No final a Conselheira Cláudia Teixeira produziu uma corajosa declaração de voto que exigiu ficasse registada em acta – na qual expressava que tendo em conta  a metodologia adoptada – uma personalidade de relevo do meio empresarial, uma personalidade destacada do meio regional/cidade , uma personalidade do meio internacional e quatro personalidades que consubstanciassem as áreas estruturantes de cada uma das escolas as U .E, «tenho a declarar que do conjunto apurado por votação nem  uma leitura extensiva dos critérios permite considerar que a metodologia foi seguida» .
4.A conselheira punha o dedo na ferida daquilo que já era tomado como  um farsa de eleição, prenhe de suspeição e  nitidamente comandada de fora. A eleição do novo  presidente do Conselho Geral que sairia estatutariamente do grupo dos cooptados realizou-se a 23 de Janeiro de 2013, portanto há um ano, e levou à designação, para o lugar, de Armindo Monteiro que numa segunda volta venceu João Sentieiro. No geral percebia-se porém que à primeira dificuldade de tomo o Conselho Geral se iria esboroar diante de muitos interesses aparentemente desconexos que não passavam prioritariamente pela realização dos objectivos primeiros desta Casa do Saber mas antes pela disputa do poder naquela que, é apesar de tudo, a segunda mais antiga Universidade do país. Depois, os cooptados estão longe da cidade e da região e poucas oi nenhumas relações mantêm com ambas, não lhe conhecem o pulsar diário, têm outros afazeres que lhes prendem a sua atenção.
E havia outros motivos a desaconselhar certas opções. Por exemplo o presidente do Conselho Geral, Armindo Monteiro era alegadamente pertencente à Maçonaria, tendo sido o seu nome associado à Loja Mozart 49, da ala mais à direita do poder do avental, ligada ao PSD que registou um movimento de abandono por parte de seus membros no início de 2012 por ser dado como um local tráfico de influências. A ela pertencia  igualmente, como figura de proa, Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD e o espião Jorge Carvalho.
Outro nome a evitar teria sido o de Bagão Félix, pelas suas profundas ligações ao CDS/PP  e à Opus Dei , conhecida pela maçonaria branca, da qual é admirador mas não membro, diga-se de passagem e em abono da verdade. E que dizer da inenarrável escolha de Maria de Lurdes Guerreiro, directora-geral da Endemol e de cuja biografia apresentada se destacava o facto de ser a promotora de programas tão importantes para a cultura, a sabedoria e a ciência nacionais como “Operação Triunfo”, “Big Brother” e “ Casa dos Segredos”? Realmente fazia falta à Universidade de Évora uma conselheira deste quilate!!
O Conselho Geral ajudou o reitor Carlos Braumann a resolver alguns problemas pendentes, de dificuldade média, e enfrentou com  ligeireza o processo do eleição do novo reitor esquecendo que os candidatos a apresentar seriam apoiados por partidos políticos ou deles seriam emanados, isto para já não falar de acordos de partilha do poder já negociados ou a negociar posteriormente face às primeiras votações, o que pressupunha a ocorrência de alguns problemas
Revelando desconhecimento das realidades académicas locais e inépcia total na condução do processo, o Conselho Geral displicentemente nomeou uma comissão eleitoral liderada pelo próprio presidente Armindo Monteiro, por Maria Luísa Saldanha Sanches, outra cooptada,  como vice-presidente, e ainda por António Neto Vaz, Luís Pardal e Luís Quintano. A um calendário eleitoral, elaborado nitidamente à pressa e de forma atabalhoada, juntava-se um regulamento eivado de evidentes lacunas e contradições, o que por junto deixava antever que o pior podia acontecer.
E aconteceu mesmo. Lá diz o povo que o que nasce torto, tarde  ou nunca se endireita. Neste momento  há conselheiros zangados uns com outros. Há mediadores políticos sem que se saibam quais serão os contendores. Negoceiam-se desistências e votos em branco. Não se ouve falar na importância do futuro da Universidade que está longe de ser brilhante, antes pelo contrário, mas apenas em quem ganhará as eleições. Évora e o Alentejo não serão de certeza, Mas também se fala na aparição de uma outra candidatura, dado que as eleições não foram adiadas; mas vão ser  repetidas. E todo o processo vai recomeçar. É pena que não seja com outro Conselho Geral porque a verdadeira génese do escândalo que recai sobre a Universidade é inteiramente da sua responsabilidade. 

José Frota

Évora: daqui a nada

Hoje na Casa da Zorra


10 anos de Facebook

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As redes sociais em formato eletrónico vieram para ficar. Pelo menos até que um destes séculos algo que só exista ainda na imaginação de algum criativo possa tornar maior e mais acessível, através de uma telepatia qualquer, o contacto e convívio entre as pessoas. Porque é disso mesmo que se trata com o Facebook. De contacto e convívio.
Há, claro, quem depois o use para outros fins, mas o contacto entre pessoas é, sem dúvida, o que está na sua base. Uma imensa agenda de que todos os que estão ligados à rede podem fazer parte, dando a cara e criando certos limites de privacidade, que é preciso conhecer muito bem, para que esse contacto se estabeleça de forma saudável. E há até a possibilidade de se criarem heterónimos, nome simpático para os chamados “perfis falsos”, tão fáceis de descobrir. Bem como utilizá-lo para manter conversas, partilhar estados de alma, fazer passar uma mensagem, já que tudo isto faz parte do que conseguimos quando entramos em contacto com os outros: comunicar
Um tal Robert South, homem da igreja que viveu na Inglaterra do século XVII e ficou conhecido pelos seus sermões inflamados, disse que a "palavra foi dada ao comum dos mortais para comunicar os seus pensamentos e aos sábios para os disfarçar". Ora as escolhas de textos, imagens, comentários e situações que cada um dos utilizadores de redes sociais faz para comunicar com os seus contactos, a que chamamos amigos, ou a todo o mundo, revelam (no sentido bíblico de voltarem a esconder) pensamentos e desvendam personalidades que muitos teriam, e têm, algum pudor, ou medo, em expor. Ou simplesmente porque não lhes apetece participar desta enorme rede e pronto.
Nascido de uma daquelas mentes que pensa “fora da caixa” e limitando-se, no seu início, a um público universitário de uma determinada comunidade, a de Harvard nos EUA, o mais interessante nesta rede social é o facto de, ao crescer para o mundo, ter contagiado as gerações mais velhas, tendencialmente mais numerosas, com a evolução civilizacional que se deseja manter e assim ter mantido uma longevidade que a natural “volatilidade” dos jovens poderia condenar.
Dos sinais de fumo à carta, do telegrama ao telefone, este tipo de redes corresponde da mesma forma à necessidade de as pessoas estarem em contacto umas com as outras. O Facebook tem ainda a vantagem de mostrar a face da sociabilidade que é característica humana, sem estabelecer hierarquias à partida, e permitindo ao cidadão comum acesso um número razoável de ferramentas para criar um perfil ou página tão estonteante como vulgar.
Devo por fim dizer que sou fã do Facebook, que me reservo o direito de fazer do meu mural o que bem quero, como qualquer seu utilizador pode fazê-lo, dentro do que é oferecido fazer; e ainda, que tenho uns termos de referência próprios a explicar a minha relação com o mesmo e com a minha rede, como qualquer um pode ter, e para que não haja equívocos; e mais ainda, que fico triste quando se diz, apocalipticamente, que o FB substituirá o contacto direto entre pessoas, porque acho que não se percebe o quanto essas chamadas substituições anulam, sim, o tempo e distância, como aliás a escrita, e tornam vidas mais felizes.
Até para a semana!

Cláudia Sousa Pereira (crónica na Rádio Diana)

Exposição dedicada ao Conto Tradicional no Convento dos Remédios

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“O Conto Tradicional - Memória, Identidade e Partilha” é o título da exposição que a Câmara Municipal de Évora inaugura no próximo dia 13 de fevereiro, quinta-feira, às 18:00, no Convento dos Remédios (Av. de S. Sebastião).
Esta exposição, que surgiu com o objetivo de fazer preservar a memória e a identidade dos contos tradicionais, e promover a sua partilha, é composta por uma mostra bibliográfica de Contos Tradicionais, que integra edições de obras de clássicos portugueses e estrangeiros, publicadas entre o fim do século XIX e o fim do século XX. Apresenta trabalhos de ilustração de contos tradicionais pelos artistas plásticos António Couvinha (Évora), Leonor Serpa Branco (Évora), Andreia Rechena (Idanha-a-Nova) e Manuel Passinhas da Palma (Mértola), num total de 40 ilustrações, nos quais foi utilizada técnica mista, guache e tinta-da-china. A exposição conta ainda com um retábulo de marionetas, com o cenário e as personagens da história d’ “Coelho e da Formiga”, do Era uma Vez – Teatro de Marionetas. Para complementar esta exposição foi elaborado um programa de animação, composto por tertúlias, cinema, rodas de contos, música, marionetas, workshops e teatro.
A exposição constitui-se como o primeiro projeto e passo para o desenvolvimento do Centro de Recursos da Tradição Oral e do Património Imaterial do Concelho de Évora, instalado no Convento dos Remédios, e que nasceu do projeto europeu Oralidades, terminado oficialmente em 2013, no qual participaram 7 Municípios europeus: Évora, Idanha-Nova, Mértola, Ourense (Galiza/Espanha), Ravenna (Itália), Birgu (Malta) e Sliven (Bulgária).
A entrada na exposição é livre, podendo ser visitada até ao dia 30 de Abril, no seguinte horário: de segunda a sexta-feira das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 18:00 e aos sábados das 14:00 às 18:00. Os workshops e os espetáculo de marionetas e teatro têm ingressos de 2,50€ para escolas e de 3€ público em geral.

Este projeto conta o apoio das seguintes entidades e associações: DGEstE-DSRAlentejo, DRCAlentejo, Era Uma Vez… Teatro de Marionetas, do Trulé–Investigação de Formas Animadas, FIKE-Festival Internacional de Curtas-Metragens, Ex-Quorum, Pim-Teatro, É Neste País, Eborae Musica, Círculos de Transformação, PédeXumbo, Departamento de Pedagogia e Educação da Universidade de Évora, Livraria Fonte de Letras e Zorra Produções Artísticas. (nota de imprensa)

Évora: Cruzamentos / Crossroads, na Igreja de São Vicente

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12 de fevereiro, 21,30H
José Manuel Martins
Fernando Gil, «Exemplos musicais»
Cruzamentos é um grupo de leitura que se dedica a autores e textos do pensamento contemporâneo em regime de 'close reading' (leitura de detalhe, leitura de proximidade).Os textos são de Gianni Vattimo, Ludwig Wittgenstein, Mikhail Bakhtine, Italo Calvino, Fernando Gil, Alain Badiou, José Marinho, para um encontro que fica marcado para a segunda 4ª-feira de cada mês (ver calendário abaixo).
A inscrição é obrigatória (2€ /sessão, 10€ a totalidade das sessões). Os textos serão fornecidos aquando da inscrição, para leitura prévia. As sessões decorrem na Igreja de São Vicente, e começam às 21h 30. 
Queres descobrir novas ideias, cruzar-te com inspirações diferentes ou aprofundar perspectivas críticas sobre arte, sociedade e pensamento contemporâneos? Este grupo de leitura é para ti. Aparece!

Para informações e inscrições:
jaf@escritanapaisagem.net
931 763 350

Esta tarde para conhecer melhor a Évora Romana (15H)

Universidade de Évora inicia novo processo eleitoral para Reitor

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Depois de nenhum dos candidatos ter tido a maioria dos votos na eleição de 31 de Janeiro já foi aprovado novo calendário eleitoral.
"De acordo com o calendário eleitoral definido pelo Conselho Geral da UE, o novo prazo para apresentação de candidaturas a Reitor decorre até 19 de março, depois de no primeiro processo eleitoral nenhuma das quatro candidaturas apresentadas ter obtido maioria absoluta, condição necessária para a eleição.
O anúncio das candidaturas admitidas está marcado para 25 de março, na página da Universidade de Évora e em locais próprios.
A 21 e 22 de abril decorre a audição pública dos candidatos, estando o ato eleitoral marcado para 23 de abril.
O Reitor eleito toma posse a 9 de maio de 2014." (nota de imprensa)
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