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António Dieb: Alentejo é o "centro do país"

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O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo saudou hoje o reforço dos apoios europeus para a região entre 2014 e 2020, considerando que este território se tornou no “centro do país”.
“O centro do país, neste momento, é o Alentejo. Olhamos para todos os indicadores económicos e sociais e percebemos” que a região, apesar de continuar “a ter imensas carências e necessidades”, é “onde o trabalho tem tido maior relevância”, frisou António Dieb.
O presidente da CCDR falava aos jornalistas à margem de uma sessão, em Évora, na qual foi efetuado o balanço do atual programa operacional regional, o InAlentejo, e foram traçadas as perspetivas para os próximos fundos comunitários.
Também presente na cerimónia, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, disse que 93% das verbas comunitárias para os programas operacionais regionais em Portugal vão ser encaminhadas para as regiões “mais pobres”.
O Alentejo vai ocupar um lugar de destaque, no período de apoios comunitários que vai vigorar entre 2014 e 2020, pois, a região vai ter um reforço de 42% de verbas, passando de cerca de 850 milhões para aproximadamente 1.200 milhões de euros.
“São notícias muito boas, que responsabilizam de uma forma muito direta e exigente os agentes públicos e privados, coletivos e individuais, da região”, congratulou-se o presidente da CCDR Alentejo.
Ao existirem “muito mais meios financeiros disponíveis”, o Alentejo vai ter que ter “muito mais responsabilidade” no investimento desses fundos, defendeu António Dieb.
Para o presidente da CCDR, este aumento de fundos não traduz necessariamente uma discriminação positiva para a região, mas sim um contributo para a sua “diferenciação competitiva”.
“O Alentejo não precisa de discriminação positiva. O Alentejo precisa é de pegar nos eus valores e diferenciar-se competitivamente das outras regiões e da Europa”, disse.
A região já tem “o ambiente mais bem preservado, o ordenamento do território mais reconhecido, a regeneração urbana exemplar em qualquer zona do país ou a nível europeu, o maior lago artificial da europa, o maior crescimento da atividade agrícola do país”, exemplificou.
“Não precisamos de ser tratados como aqueles que precisam de muita ajuda distinta. Temos que ser tratados como aqueles que pegaram nos seus valores e conseguiram tornar-se diferentes e mais competitivos”, sublinhou.
O próximo programa operacional regional está, neste momento, “em elaboração”, disse António Dieb, assumindo a ambição de, “a partir do segundo semestre do próximo ano”, ter “o novo quadro comunitário no terreno”.
Na cerimónia de hoje, foram também assinados 17 novos contratos de investimento com entidades da região, num investimento global de 6,6 milhões de euros, a que corresponde um investimento elegível de 4,3 milhões, com um incentivo comunitário de 3,5 milhões. (LUSA)

Morreu Nelson Mandela. Tinha 95 anos.

"Fernanda. Quem Falará de Nós os Últimos?", em cena hoje e amanhã no Garcia de Resende (Évora)

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No Teatro Garcia de Resende | Évora o Teatro da Rainha apresenta6 e 7 de Dezembro | 21h30

Ernesto e Fernanda
Fernanda não é propriamente um espectáculo. É uma celebração, uma elegia ritual que na tristeza funda do acontecimento morte celebra um amor impossível, amor passado e presente, um nome, Fernanda, o corpo e o seu espectro: “todos os teus odores, todas as tuas cores, todos os teus ruídos, me cingem, impelem, para dentro de mim próprio” […] “realizaste o único verdadeiro milagre, o do encontro na terra, cujo sentido se encontra gravado a letras de fogo no mais profundo de mim mesmo”. Ernesto escreve Fernanda como luto imediato e suicida - morre pouco depois da escrita do livro, a Fernanda morreu ensaiando o anjo de As Barcas, de Gil Vicente, no Teatro Nacional de São João.

Encontraram o corpo, caído na alcatifa, no quarto do antigo Hotel Batalha, e sobre a cama um livro, a cigarreira e um colar. Os actores morrem assim, entre um papel e outro, fora de casa, fumando cigarros cortados ao meio entre palavras sabidas de cor, a fazerem de anjos - ou de diabo.

Prosas e poemas de Fernanda, de Ernesto Sampaio  encenação Fernando Mora Ramos  direção de ensaios e dramaturgia Isabel Lopes  dispositivo cénico e figurinos Isabel LopesFernando Mora Ramos  criação sonora e sonoplastia Carlos Alberto Augusto  desenho de luz  Nuno Meira interpretação Joana CarvalhoFernando Mora Ramos. (nota de imprensa)

Dois olhares eborenses sobre Nelson Mandela

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Nelson Mandela, sentinela da esperança ativa

Nelson Mandela, tal como Gandhi e Martin Luther King, pertence àquela categoria de homens que se impõe como depósito do melhor que o género humano consegue cristalizar em cada momento da história. “Sentinela da humanidade”, acaba de dizer o pensador contemporâneo Sami Naïr a seu respeito, o seu desaparecimento é motivo de meditação em torno das potencialidades do humano em “dark times”. Com efeito, o mais importante deste homem não é tanto a sua ação política enquanto político e dirigente partidário, futuro primeiro presidente negro da África do Sul, mas, antes, a sua ação profundamente reflexiva, a sua visão abrangente dos problemas, a sua luta pela esperança concreta.
Agora, no momento em que passa à imortalidade, Mandela faz-nos pensar. Porquê? Porque soube perdoar, tendo o poder, após 27 anos de prisão. Porque soube olhar todos na sua humanidade com verdadeira cultura democrática. Porque soube ser líder sem se impor, antes sendo reconhecido. Porque soube romper a brutalidade da força, através de uma enorme densificação da legitimidade, numa sociedade que apenas conhecia a opressão política, a desigualdade social e o desprezo étnico organizados.
Estas qualidades ultrapassam a mediania dos políticos habituais. De algum modo, e sem querer tombar em anacronismos inúteis, dir-se-ia que Mandela pertence àquele tipo de homens característicos de momentos históricos únicos. Há décadas, o pensador alemão Karl Jaspers teorizou a “Era Axial”, que situou entre 800 e 200 a.C., quando a um tempo surgiu em diversas partes do mundo uma nova forma de pensar, com Buda, os “Upanishads”, Sócrates, Confúcio, Platão, Eurípides, religiões como o zoroastrismo ou o judaísmo, entre outros. Este tempo foi despedaçado por guerras e tragédias imensas, como se sabe, mas marcou o futuro da humanidade até aos dias de hoje, na medida em que se traduziu num “salto”, marcando o momento em que os homens passaram a problematizar o seu destino e, com muito diferentes percursos e tradições, a demonstrar que na história individual e coletiva nada está escrito.
O percurso de Mandela poderia de algum modo resumir-se nesta ideia: nada está escrito, porque os seres humanos conseguem, mesmo por entre uma violência histórica maciça, equacionar saídas para as encruzilhadas com que se deparam, conseguem manifestar a sua plasticidade cultural, conseguem resistir ao desenraizamento e à desorientação, rumo a uma maior emancipação.
Sob este ponto de vista o percurso de Mandela é ímpar, mesmo que tenha cometido erros políticos pontuais e fosse, como ele mesmo reconheceu por diversas vezes, imperfeito: pacifista por princípio, resistente frente à violência ilegítima, sofrendo a irracionalidade do poder arbitrário, acaba por saber sair vencedor e saber ser inclusivo, sabe conquistar o poder e, depois, cumprindo apenas um mandato, sabe retirar-se da vida política preservando os princípios ético-políticos que sempre nortearam a sua longa luta pela liberdade. 
Ora, num mundo como o de hoje, tecno-económico, instrumental e desenraizado relativamente aos valores da liberdade que diz defender, governado por elites político-económicas desorientadas que estilhaçam sem conseguir reconstruir, dominado por uma angústia que tolhe o sopro da liberdade, Mandela é um daqueles homens que surge refundando a ação criativa da esperança concreta, “diurna”, isto é, política porque pressupõe a pluralidade humana, a ideia de que para se viver é necessário, primeiro, poder viver. Nestes sentido, Mandela é um mandatário de um novo “ethos” axial dos tempos futuros, exprimindo a ideia de “Humanidade” sem mais. Como um relâmpago na noite da história.

Silvério Rocha-Cunha (aqui)




Nem para a morte tal prisão!
Anunciam a tua partida
Deste pulsar de vida
Mas não partes
Obrigado…

Livre, forçado
Nunca antes te dobraste
Obrigado…

Se há prisão e morte,
Perpétua a prisão
Para a morte!

Não,
Nem para a morte
Tal prisão!


José Rodrigues Dias, (aqui)

 2013-06-11

PS/Évora: Elsa Teigão e Francisco Costa disputam hoje eleições para a concelhia

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Ao fim da noite de hoje vai saber-se quem irá liderar o PS/Évora nos próximos quatro anos: Elsa Teigão ou Francisco Costa (atual presidente da concelhia). São as eleições mais renhidas dos últimos anos. “A minha convicção é que será uma eleição decidida voto a voto, sem margem de manobra para qualquer das listas”, diz fonte partidária.
Se, à partida, Elsa Teigão conta com o apoio da “velha guarda” (Henrique Troncho, Fernanda Ramos, Rosa de Matos, entre outros) e de militantes da nova geração como Florbela Fernandes (líder das mulheres socialistas) ou Martinho Murteira (dirigente distrital), por outro lado Francisco Costa apresenta-se a votos com a “herança” da gestão socialista na Câmara de Évora – Cláudia Sousa Pereira e Silvino Costa (atuais vereadores) – e com diversos presidentes de junta de freguesia.
Um “golpe de secretaria”, muito comentado nos bastidores socialistas, impossibilita Capoulas Santos de votar para a concelhia de Évora, apesar de ter até há bem pouco tempo presidido à Assembleia Municipal.
Um dirigente distrital lamenta que para uma eleições tão decisivas quanto estas – em princípio, serão os órgãos agora eleitos que irão conduzir todo o processo eleitoral autárquico de 2017 – estejam apenas 120 militantes em condições de votar. (ler mais em alentejo em linha)

Apresentação do livro "O Fluviário de Mora Por Dentro e por Fora" de Antonieta Félix na Biblioteca de Évora

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BPE, este domingo, 8 de Dezembro, 16 Horas

Entrevista de Carlos Pinto de Sá à Antena 1

Évora: contos na "É neste País"

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7 de Dezembro de 2013, pelas 11.30h
Com quantos pontos se conta um conto?

Margarida Rita & Gertrudes Pastor
É neste país!


Este sábado mais uma visita na Rota das Igrejas de Évora

PS/Évora: Elsa Teigão vence Francisco Costa

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foto aqui

Elsa Teigão venceu hoje as eleições para a Comissão Política Concelhia do PS Évora. A lista A derrotou, com  54.78% dos votos, a Lista B, encabeçada pelo antigo presidente da concelhia Francisco Costa, que arrecadou 45.22 % dos votos. Também hoje, Martinho Murteira venceu as eleições para a Secção do PS Évora e João Lázaro venceu as eleições para a Mesa da Assembleia Geral do PS Évora.

Évora: hoje, sábado, no Artcafé, às 17 H.

Esta tarde na livraria Fonte de Letras, em Évora

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O Homem do Saco atelier de tipografia e edições vem à Fonte de Letras apresentar o seu precioso projecto e fazer uma pequena demonstração de técnicas de impressão com o prelo de provas.
Uma oportunidade para conhecer os livrinhos e cartazes produzidos manualmente em tiragens muito pequenas e especiais.
O Homem do Saco passeia por Évora pela mão do amigo Luís Serra.
Bem-vindos!

Atenção ao que se passa na Cruz da Picada

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Como a autarquia tem permitido que em frente da escola EB1 da cruz da picada esteja pessoas acampadas com todo o tipo de lixo na via publica e com o trafico de droga continuado dia e noite em total impunidade.
Os pais e moradores já se queixaram a todos os serviços da autarquia e a policia que nada fazem, levando a crer que é uma situação NORMAL.
Presidente ponha a mão nesta VERGONHA que os socialistas deixaram arrastar por incompetência!
Anónimo
06 Dezembro, 2013 23:40

Iluminações de Natal (???!!!) em Beja

A ANTIGA ALUNA DO LICEU NACIONAL DE ÉVORA FLORBELA ESPANCA

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Esta fotografia vem publicada por Rui Guedes, Fotobiografia [de] Florbela Espanca. Lisboa: Dom Quixote, 1999, p. 107, com identificação dos seguintes elementos: (esquerda para a direita) Francisco da Cunha Marques, Alice Mendes de Morais Sarmento, Florbela Espanca, Lídia Amélia Nogueira, José Rodrigues Candeias, Joaquim da Cruz Margalho

Estudantes

Colegas do passado! Em vossas capas belas
Agoniza o luar das minhas ilusões,
Cantando brandamente ao meu brilho das estrelas
Um canto todo meu! Altivos corações,

Brilhantes olhos lindos, almas só de luz,
Ó doce riso em flor, bendita mocidade!
Eu lanço sobre vós, da humilde cruz,
A bênção sacrossanta ungida de saudade!

Andorinhas do céu que o vento da desgraça
Levou para longe! A amargosa taça
Do fel, da desdita ficou pra mim somente!

Aonde estareis vós agora amigos d' outrora?
Rindo, talvez cantando enquanto est’alma chora
Rezando enternecida esta oração dolente!...

Florbela Espanca in, Poesia Completa 3ªedicão
Publicações Dom Quixote 2002




(Há cerca de dois meses, o Adelino Santos desafiou-me a escrever alguma coisa sobre a nossa antiga colega Florbela Espanca, a mais célebre das AALNE (Antigas Alunas do Liceu Nacional de Évora) e ainda hoje tida como a maior poetisa, não obstante Natália Correia, Sofia de Melo Breyner e Maria Teresa Horta . Acontece que outro alguém já se havia antecipado e demonstrando profundo conhecimento sobre a vida e obra da nossa ilustre colega as dissecara admiravelmente e com aplauso geral. De modo que meti a viola no saco e qual o outro sapateiro remendão fiz igualmente questão em não ir além da chinela. Mas porque faz depois de amanhã, dia 8 de Dezembro, 119 anos que Florbela nasceu e 83 que decidiu por termo à vida, eu resolvi, como seu grande admirador, evocar a sua vida, em jeito de homenagem a prestar-lhe. Este escrito será seguido de mais dois que ajudarão a rememorar o passado desta mulher que foi seguramente uma figura de excepção da sociedade portuguesa do seu tempo, arrostando com um destino trágico, amargo e cruel que traduziu numa obra de altíssima qualidade literária dominada pela solidão, pela ansiedade, o desespero, a vida e a morte, o erotismo, a feminilidade e o panteísmo.)

A ANTIGA ALUNA FLORBELA ESPANCA

José Frota

Florbela (baptizada como Flor Bela) nasceu em Vila Viçosa no ano de 1894. Sendo filha ilegítima de Antónia da Conceição Lobo e de José Maria Espanca, inicialmente sapateiro e depois sucessivamente antiquário, negociante de cabedais, desenhista, pintor e apresentador cinematográfico. José Maria era casado com Mariana do Carmo Toscano, mas a esposa era estéril. Por isso conseguiu convencê-la a que ele tomasse como amante Antónia da Conceição, uma jovem serviçal muito atraente que lhe pudesse assegurar descendência, desejo que este sempre acalentara.
Dessa ligação nunca interrompida nasceram Florbela e três anos mais tarde, seu irmão Apeles, pelo qual ela sempre nutriu um amor obsessivo. Os filhos nunca viveram com a mãe. José Maria e Mariana levaram-nos para sua casa tendo esta sido madrinha de baptismo de ambas as crianças que foram registadas como filhos de pai incógnito.
Florbela frequentou a escola primária da sua terra natal entre 1899 e 1908 até chegar ao actual 6º. ano de escolaridade. Data de 1903, apenas com 9 anos o seu primeiro poema "A Vida e a Morte" antecipando já uma extrema precocidade na abordagem de dois temas em torno dos quais girará o se percurso literário e a sua reflexão. Em 1907 é acometido pelos primeiros sinais de neurastenia. O ano de 1908 será um ano decisivo na sua vida. Para lá de concluir a escola primária vê desaparecer Antónia Lobo, sua mãe, com 29 anos, vítima de uma estranha forma de neurose. Muitos verão nesta ocorrência os sinais da marca hereditária que afectará toda a sua existência.
É ainda em 1908 que a família vem viver para Évora. Morta a mãe dos filhos, João Maria Espanca vem para a cidade a fim de poder proporcionar a ambos a continuação dos estudos. A menina matricula-se no Liceu de imediato, integrando o seu primeiro núcleo feminino que em 1910 era composto já por dez alunas. No ano seguinte começa a namorar Alberto de Jesus Silveira Moutinho, seu colega. Tinha então 17 anos. Rompe rapidamente com Alberto e apaixona-se por João Martins da Siva Marques que muitos décadas mais tarde virá a ser o Director Nacional da Torre do Tombo. 
Paixão efémera esta. Poucos meses depois Florbela completa o Curso Geral dos Liceus e e reaproxima-se de Alberto Monteiro com quem Vem a consorciar-se civilmente em 1913 em Évora no dia do seu 19º aniversário (há exactamente 100 anos) . O casal fixa residência em plena Serra d' Ossa, Redondo, onde funda um colégio no actual Convento de S. Paulo e no qual lecciona e dá explicações, mas sem grande sucesso. 
Dificuldades financeiras fazem-nos regressar a Évora e à casa dos Espancas. Na cidade, Florbela, vai continuando a escrever os seus poemas e enceta colaboração nas revistas nacionais " Portugal Feminino", "Modas e Bordados" (suplemento feminino do diário matutino "O Século" e os periódicos locais " Notícias d'Évora " e "A Voz Pública" enquanto termina no Liceu de Évora, em 1917, o Curso Complementar de Letras, com 14 valores e se inscreve na Faculdade de Direito de Lisboa.  


Parabéns (também) a Ceia da Silva

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Uma idosa bebe água de uma fonte, em Elvas, no Alentejo. Nuno Veiga/Lusa

Depois do Alentejo ter sido apontado pela "National Geographic" como um"destino obrigatório" em 2014, agora é a vez da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) anunciar que o Alentejo foi eleito como "destino preferido em 2014" e que o próximo Congresso desta entidade, no próximo ano - que este fim de semana juntou mais de 500 participantes de todos os ramos do sector, nos Açores - , se vai realizar em Évora.

Escola de Artes da Universidade de Évora promove Concertos Solidários

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Seguindo o espírito da época natalícia que se aproxima, a Escola de Artes da Universidade de Évora promove durante as próximas semanas, de 9 a 18 de dezembro, uma série de concertos solidários em que o público pode fazer os seus donativos para várias instituições de solidariedade social da cidade e da região.

PROGRAMA

9 de Dezembro: Concerto: Orquestra de Sopros da Universidade de Évora
Direcção: Hugo Assunção
21:30, Auditório do Colégio do Espírito Santo

10 de Dezembro: Concerto “ Coro Jazzué”
Direcção: João Lucena e Vale
21:30, Auditório Colégio Mateus de Aranda

11 de Dezembro: Concerto Orquestra de Jazz da Universidade de Évora
Direcção: Claus Nymark
18:30, Auditório do Colégio Mateus de Aranda

16 de Dezembro: Concerto da Orquestra da Universidade de Évora
Direcção: Christopher Bochmann
18:30, Sé de Évora

17 de Dezembro: Terças Musicais "Recital de Natal" com o Coro do Departamento de Música
Direcção: Ian Mikirtumov
18:30; Auditório do Colégio Mateus de Aranda

17 de Dezembro: concerto da Classe de Percussão 21:30, Colégio Mateus de Aranda

18 Dezembro: Festival Música Viva,
A partir das 15:00, Colégio Mateus de Aranda (concerto, curso e exposição com obras dos alunos do DAVD)

O Meu Avô

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Não há como não falar hoje em Mandela. Mesmo se há quatro dias é o que mais se tem feito no espaço público, a importância sobretudo simbólica de Nelson Mandela assim o exige.
E depois este político foi profícuo em ensinamentos vertidos em frases lapidares. Das muitas que também por aí circulam, escolhi aquela em que diz que «A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo». Porque a educação também nos é dada pelos nossos antepassados e não há como não sentir Mandela como uma espécie de avô de todos nós que viveu até ao fim, mesmo se esse fim nos surpreendeu, vou falar-vos do meu avô que também morreu assim, no fim, aos 96 anos, e que me marcou de uma forma que reconheci sempre em sua vida mas que, surpreendentemente, se me tem revelado agora, nestes últimos quatro anos, particularmente inspiradora, tendo revisitado todos os seus testemunhos com grande entusiasmo.
O meu avô, que era primo direito do José Régio e do Júlio, duas figuras maiores da Cultura portuguesa, teve o privilégio, fruto de algumas posses de uma família de burgueses que valorizavam já na altura o único património que sempre considerámos, na família e a par da família, inalienável, o do Conhecimento, de ter estudado em Coimbra, onde foi presidente da Associação Académica, e ter sido advogado. Fez parte de movimentos políticos na clandestinidade e, com alguns destes, ajudou a fundar, lá pelo Norte do País, após o 25 de abril, o Partido Socialista. Foi sempre Presidente da Assembleia Municipal de Vila do Conde, a terra da minha família paterna, desde que houve eleições locais democráticas, até que a saúde lho permitiu.
Atarefado pelas atividades profissionais e políticas, os momentos em que convivíamos, nas férias às refeições e nas quadras festivas do calendário cíclico, ouvia-nos e respondia-nos às perguntas de vária ordem e contava-nos histórias, episódios da sua vida, que ouvíamos, netos e mesmo depois os bisnetos, em silêncio com muita atenção. Pois também é isso que faz a maior parte dos avós neste mundo, assim se criem as condições para tal.
Já estaria pelos seus 70 anos, e a minha avó por perto, quando a propósito da curiosidade de um dos meus primos sobre a genealogia da família e a vontade de poder ter por lá alguma figura notável, fomos descobrindo uma história do lado da minha avó sobre brasões e títulos nos Açores, de onde seriam os antepassados, e que um tio-avô teria mandado lançar ao mar quando lhe perguntaram o que fazer com a pedra de armas da família. Espantados com estas novidades do passado da minha avó, que tinha uma enorme mágoa por não ter nunca estudado mais do que a quarta classe, logo perguntámos ao meu avô pelos seus antepassados. Resposta dele: «Plebeus puros!».
A par de outras curtas e certeiras respostas que lhe fui ouvindo ao longo da vida a propósito de maneiras de a viver, tomei-o sempre como exemplo nas ações que acompanhavam as palavras tão admiradas por tantos. E aprendi que, não descurando a nossa individualidade sobretudo na opinião que formamos e naquilo que é do foro mais privado, o bem comum que partilhamos com os outros, esse Povo em que afinal todos nos tornámos com a Democracia, é precioso. Foi esse o sentido que deu ao termo plebeu que então usara. Esse sentido de pertença a um coletivo de direitos e deveres com as mesmas oportunidades de os exercer. E esse bem comum tem de ser tratado no sentido de que nele se gerem o menor número de injustiças possível, já que a própria vida às vezes nos parece fazer algumas.
Os códigos de conduta pública, quando balizados por regras e leis onde o bom senso, muitas vezes uma equação difícil mas não impossível de encontrar, é a pauta por que todos nos devemos reger, sem exceções por arbitrariedade. Ou como costumo ouvir dizer a outro homem com quem muito tenho aprendido, a regra defende o pobre e se o que é comum for cuidado, então também o que o que é de cada um fica salvaguardado.
São os indivíduos que, normalmente com um coletivo, têm na mão essa arma poderosa que é a educação dos outros pelo exemplo que são. São raros os que, chegando a políticos ou assumindo posições de poder, tenham para além do papel de modelos da humanidade a felicidade de contribuir para alguma coisa no mundo mudar, para melhor. Nelson Mandela foi um deles. E à muito minha escala, que é a de tantos outros netos e filhos e irmãos, o meu avô também.
Até para a semana.

Cláudia Sousa Pereira (crónica na Rádio Diana)

Esta noite na Casa da Zorra (Évora)

Cultura: governo prepara-se para despedir 14 dos 71 trabalhadores da Direcção Regional de Cultura do Alentejo, acusa Sindicato

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"De acordo com informações que correm nos serviços e que estão a afetar o seu normal funcionamento pela perplexidade criada, do total de 865 trabalhadores de acordo com as intenções do Governo, na DGPC serão despedidos 142, da DRC Norte 38 dos cerca de 190 trabalhadores, na DRC Centro ainda não será certo quantos dos 135 serão despedidos (sendo certo que pelo menos cinco não viram o seu contrato renovado), na DRC Alentejo serão para despedir 14 dos 71 trabalhadores e na DRC Algarve 8 dos 52 trabalhadores", especifica a FNSTFPS (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais) em comunicado.
Contactada pelo Expresso, a Secretaria de Estado da Cultura (SEC) remeteu para amanhã eventuais esclarecimentos. (aqui)
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