Alguns dos habitantes da cidade vertem-se então aí, com modos, tons, estilos, estares e seres, bem distintos. Como se nos fosse possível saciar, por momentos, uma parte ínfima da fome imensa de liberdade, de igualdade e de fraternidade. Como se assim, e por instantes, nos elevássemos a um nível aceitável. Como se estivéssemos a criar o chão de um sorriso possível ou de uma débil esperança.
E eis que me surgem as palavras de Tommaso citadas por Valleriani:
" O meu caminho, disseste, é
um não caminho
uma estrada que leva a outro lugar
Mas, uma não estrada não deveria
tornar-se estrada
para os passos de quem anda?"
António Valleriani, "Al di lá dell'occidente", 2009, Edizioni unicopli, Milano, p.145
( tradução minha)