Para ler este número da Revista "Évora Mosaico" clique aqui
Era espectável a reacção desta risível criatura ao conteúdo do meu texto. Enfiou e bem a carapuça até ao fundo das orelhas. Serviu-lhe e bem e não precisei de recorrer como ele ao insulto gratuito e grosseiro. Apenas me baseei em factos.
Tal como apenas quero comentar a sua frase de que «ninguém em Évora, é mais culpado das ilusões de instalação da instalação do Museu da Música e do adormecimento da vigilância citadina do projecto, do que o próprio Frota, coordenador da defunta revista Évora Mosaico». E mais diz, que no seu nº. 9, respeitante ao trimestre Abril-Maio-Junho 2011 eu dei tratamento ao tema «garantindo a instalação do Museu no Convento até 2014».
Ora, eu lamento muito mas tenho de chamar mentiroso a este senhor. O que escrevi já no final do texto foi: «A concretizar-se o projecto (e tudo indica que sim) será o primeiro museu nacional a instalar-se fora de Lisboa».
Ora do que escrevi nessa altura já todos os órgãos nacionais e regional de comunicação social haviam dado conta a partir do anúncio feito por Gabriela Canavilhas em 2009, assumindo-o com um compromisso estratégico nacional.
Mas já que se refere ao tratamento do caso na "Évora Mosaico" no trimestre de Abril a Junho de 2011, pode ficar a saber que ele teve realmente uma intenção precisa que não «passou por nenhum frete propagandístico prestado à Câmara Socialista» como insinua.
Recordemos que no dia 23 de Maio desse ano, José Sócrates, demitiu-se na sequência do chumbo do PEC 40 ,o que implicou como é óbvio a saída de Gabriela Canavilhas. Só houve eleições a 5 de Junho e o novo Governo só tomou posse a 21 de Junho.
Por minha iniciativa, e até porque a Évora Mosaico não tinha dedicado sequer uma linha ao projecto da transferência do Museu da Música para o Convento de S.Bento eu entendi que era a altura certa para o fazer. Embora se tratasse de um compromisso estratégico nacional, nunca fiando, e os governos em Portugal eram useiros e vezeiros em fazer "tábua rasa" daquilo que os outros assumiam.
De modo que quando o Governo foi conhecido e se verificou que não haveria Ministério da Cultura fui de opinião que se deveria exercer alguma pressão para o amarrar ao compromisso. E realmente Francisco José Viegas veio a terreiro confirmar a manutenção do projecto.
A Évora Mosaico apenas tirou mais dois números por razões já conhecidas.Foi assim que eu contribuí para o adormecimento da consciência. Desde Junho de 2011 até 3 de Dezembro de 2013 ninguém mais falou no assunto nem quis interpelar nos locais devidos ou nas instituições próprias qual o andamento do processo.
Termino dizendo que o interesse de Évora é o único que me motiva, de resto estou-me nas tintas para os interesses dos actuais partidos. Absolutamente borrifando.
Uma coisa pode ter a certeza: só a morte me calará ou então quando não houver nenhum espaço onde possa escrever.