O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo saudou hoje o reforço dos apoios europeus para a região entre 2014 e 2020, considerando que este território se tornou no “centro do país”.
“O centro do país, neste momento, é o Alentejo. Olhamos para todos os indicadores económicos e sociais e percebemos” que a região, apesar de continuar “a ter imensas carências e necessidades”, é “onde o trabalho tem tido maior relevância”, frisou António Dieb.
O presidente da CCDR falava aos jornalistas à margem de uma sessão, em Évora, na qual foi efetuado o balanço do atual programa operacional regional, o InAlentejo, e foram traçadas as perspetivas para os próximos fundos comunitários.
Também presente na cerimónia, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, disse que 93% das verbas comunitárias para os programas operacionais regionais em Portugal vão ser encaminhadas para as regiões “mais pobres”.
O Alentejo vai ocupar um lugar de destaque, no período de apoios comunitários que vai vigorar entre 2014 e 2020, pois, a região vai ter um reforço de 42% de verbas, passando de cerca de 850 milhões para aproximadamente 1.200 milhões de euros.
“São notícias muito boas, que responsabilizam de uma forma muito direta e exigente os agentes públicos e privados, coletivos e individuais, da região”, congratulou-se o presidente da CCDR Alentejo.
Ao existirem “muito mais meios financeiros disponíveis”, o Alentejo vai ter que ter “muito mais responsabilidade” no investimento desses fundos, defendeu António Dieb.
Para o presidente da CCDR, este aumento de fundos não traduz necessariamente uma discriminação positiva para a região, mas sim um contributo para a sua “diferenciação competitiva”.
“O Alentejo não precisa de discriminação positiva. O Alentejo precisa é de pegar nos eus valores e diferenciar-se competitivamente das outras regiões e da Europa”, disse.
A região já tem “o ambiente mais bem preservado, o ordenamento do território mais reconhecido, a regeneração urbana exemplar em qualquer zona do país ou a nível europeu, o maior lago artificial da europa, o maior crescimento da atividade agrícola do país”, exemplificou.
“Não precisamos de ser tratados como aqueles que precisam de muita ajuda distinta. Temos que ser tratados como aqueles que pegaram nos seus valores e conseguiram tornar-se diferentes e mais competitivos”, sublinhou.
O próximo programa operacional regional está, neste momento, “em elaboração”, disse António Dieb, assumindo a ambição de, “a partir do segundo semestre do próximo ano”, ter “o novo quadro comunitário no terreno”.
Na cerimónia de hoje, foram também assinados 17 novos contratos de investimento com entidades da região, num investimento global de 6,6 milhões de euros, a que corresponde um investimento elegível de 4,3 milhões, com um incentivo comunitário de 3,5 milhões. (LUSA)