Candidata do BE a Évora quer renegociar dívida à banca e PAEL
A cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda (BE) em Évora, Maria Helena Figueiredo, defendeu hoje que a câmara deve “renegociar a dívida” com a banca e pugnar pela “revisão” do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL).
“A câmara tem uma dívida enorme e está limitada pela assinatura do PAEL. Há, pois, dois travões, o dinheiro que não existe e a impossibilidade de desenvolver projetos porque não pode contrair nova dívida”, argumentou.
A candidata do BE à Câmara de Évora nas autárquicas do próximo dia 29 falava à agência Lusa, ao final da tarde, à margem da sessão de apresentação do seu programa eleitoral.
Sobre a dívida conhecida da câmara, que “é de quase 75 milhões de euros”, disse, o BE defende que deve ser renegociada com a banca, especialmente “as maturidades e taxas de juro”.
“A câmara não pode dar por adquirido que aquilo que contratou há meia dúzia de anos, com determinadas taxas de juro, se mantém, até porque não é do interesse das instituições de crédito que a câmara não consiga pagar”, afirmou.
Essa renegociação, sugeriu, poderia “incluir outras formas de pagamento”, substituindo “um pagamento financeiro por um pagamento em espécie”.
Quanto ao PAEL, a que a câmara aderiu para um empréstimo de 32 milhões de euros, Maria Helena Figueiredo quer que o município, em conjunto com outras autarquias na mesma situação, pugne “pela revisão do programa”.
“É um programa aprovado por decreto-lei mas as leis fazem-se e desfazem-se e o PAEL tem que se ajustar à realidade dos municípios e sem assentar na lógica atual, a da sobrecarga dos cidadãos”, disse.
A candidata do BE considerou “inadmissível” que, “além do juro contratual normal do empréstimo”, o Estado “aplique uma sobretaxa de 1,5%”, o que constitui “um enriquecimento do Poder Central”.
O PAEL é uma linha de crédito criada pelo Governo e pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses para permitir às câmaras em dificuldades financeiras o pagamento a fornecedores das dívidas vencidas num prazo de 90 dias. (LUSA)
Candidato do PS a Évora quer continuar a apostar na educação
O candidato do PS à Câmara de Évora, Manuel Melgão, destacou hoje a aposta da gestão socialista na área da educação, assinalando a construção de duas novas escolas e a futura remodelação de outro estabelecimento.
“Temos todo um trabalho feito na área da educação, que queremos aprofundar e continuar, desde a construção de dois centros escolares, que estão em pleno funcionamento, à requalificação de todo o parque escolar”, afirmou Manuel Melgão.
O candidato falava à agência Lusa à margem da apresentação dos candidatos socialistas na freguesia do Bacelo, que decorreu no polidesportivo local.
Depois da sessão, seguiu-se uma arruada pelo bairro, que se situa na periferia de Évora, em que Manuel Melgão, acompanhado por apoiantes, distribuiu panfletos pelos moradores.
O candidato realçou que pretende “continuar a dar prioridade à educação” para proporcionar “melhores condições de funcionamento” nas escolas e para que “os jovens possam ter aulas condignamente”.
“Há muito trabalho feito e há muito trabalho que queremos continuar a fazer”, referiu.
Manuel Melgão destacou a construção “pela mão do PS” de duas novas escolas nas últimos anos, uma na freguesia do Bacelo e outra em Canaviais, revelando que a Escola Básica 2,3 André de Resende vai entrar em obras “possivelmente até final do ano”, com o apoios de fundos comunitários.
É uma obra que “aguarda o visto do Tribunal de Contas”, revelou, indicando que a “intervenção de raiz” vai dotar aquele estabelecimento escolar das “melhores condições de trabalho e das mais modernas tecnologias”. (LUSA)
Candidato PSD/CDS-PP defende construção de novo hospital central em Évora
O candidato do PSD/CDS-PP à Câmara de Évora, Paulo Jaleco, defendeu hoje a construção de um novo hospital central na cidade "dentro das possibilidades do país", embora reconhecendo que a situação económica "não é a mais favorável".
"Como médico e conhecendo as necessidades, quer da população e dos doentes, quer dos trabalhadores do hospital, sou defensor da construção de um novo hospital", afirmou o candidato da coligação "Évora Primeiro", em declarações aos jornalistas durante uma ação de campanha na freguesia rural de Nossa Senhora da Graça do Divor.
Cirurgião no hospital de Évora, Paulo Jaleco, de 51 anos, reconheceu que a atual situação económica do país "não é mais favorável", mas prometeu, no caso de ser eleito presidente da câmara, exercer "a influência possível" para que a construção do novo hospital central se venha a concretizar.
Em agosto de 2011, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou à agência Lusa que a construção deste novo hospital ia ser reavaliada pelo Governo, tendo em conta "a realidade do país", não tendo, desde então, a tutela revelado outros passos sobre o projeto.
O projeto, apresentado há vários anos, prevê a construção de um novo hospital central na periferia de Évora para substituir o atual Hospital do Espírito Santo, localizado no centro histórico e cujos dois edifícios estão separados por uma avenida.
Na aldeia de Graça do Divor, Paulo Jaleco, acompanhado por uma comitiva de duas dezenas de apoiantes, cumprimentou os poucos munícipes que surgiram na rua ao final da tarde, o que até lhe permitiu "refrescar-se" com uma cerveja num dos cafés da povoação.
"O que é preciso é melhorar isto um bocadinho", respondeu o candidato aos desejos que recebeu de "boa sorte". (LUSA)