O hospital de Beja vai ficar com menos 26 camas para internamento até ao fim deste ano, mas 15 não vão desaparecer fisicamente e passarão a ter outra utilização pelos serviços de cirurgia de ambulatório e urgências.
No hospital de Beja, antes do início do processo de redução e reorganização de camas, existiam 229 camas para internamento e, a partir do próximo dia 01 de janeiro, vão passar a existir 203, disse hoje Emília Duro, diretora clínica da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), que gere aquela unidade hospitalar.
Segundo Emília Duro, que falava numa conferência de imprensa do conselho de administração da ULSBA, hoje, em Beja, trata-se de uma redução de 26 camas para internamento, mas 15 serão reduzidas "teoricamente", já que, na prática, não vão desaparecer "fisicamente"e passarão a ser afetas aos serviços de cirurgia de ambulatório e urgências e a ter outra utilização.
Do total de 26 camas a reduzir, 14 foram encerradas no passado dia 01 de agosto - oito de oncologia, duas de oftalmologia, duas de obstetrícia, uma de otorrinolaringologia e uma de ginecologia.
As três camas reduzidas em ginecologia e obstetrícia não vão ser retiradas do serviço e serão afetas a salas de observação do serviço de urgências, ou seja, "não contam para a estatística do hospital, mas vão contar em termos de capacidade instalada para assistência".
A partir do próximo dia 01 de janeiro, "vai haver a redução teórica" de 12 camas, ou seja, dez de cirurgia geral e duas de ortopedia, adiantou, explicando que a redução vai ser feita com o "pressuposto" de que as 12 camas sejam utilizadas pelo serviço de cirurgia de ambulatório.
Segundo Emília Duro, após a redução e reorganização do número de camas, no âmbito da reforma hospitalar a nível nacional decidida pelo Ministério da Saúde, o hospital de Beja vai manter "mais ou menos" o rácio atual de 1,7 a 1,8 camas por mil habitantes.
"Foi com base na taxa média de ocupação por algumas especialidades que foi possível fazer a reorganização na redistribuição das camas", explicou Emília Duro.
A taxa de ocupação média do hospital de Beja "aponta para índices muito abaixo dos 100%" e "há serviços em que a taxa média de ocupação é de 20%", indicou, na conferência de imprensa, o vogal do conselho de administração da ULSBA, José Gaspar.
Segundo José Gaspar, a proposta apresentada pela Administração Regional de Saúde do Alentejo apontava para "uma reorganização que passava pela redução de 34 camas", mas o conselho de administração da ULSBA decidiu reduzir 26. (LUSA)