Tenho escrito neste espaço por diversa vezes, que o executivo camarário no nosso concelho anda, na maior parte das vezes, a reboque dos acontecimentos.
Estou plenamente convencido que os ouvintes e leitores destas crónicas, na sua maioria, concordarão comigo.
Então vejamos. Nestas duas últimas semanas tivemos vários constrangimentos e por várias ocasiões, em virtude do corte no fornecimento de água a casa dos habitantes das freguesias urbanas do nosso concelho. É um problema que, aparentemente, não resulta só de acasos. Por isso, é necessário que a Câmara Municipal de Évora informe os munícipes, e dizer-lhes se as ruturas nas condutas sucedem derivado a situações imprevistas, como por exemplo, se têm origem em acidentes, ou, se por contrário, as quebras do fornecimento de água à nossa cidade, resulta do envelhecimento das respetivas condutas.
Com efeito, se a causa estiver ligada ao envelhecimento da rede da canalização que leva a água às nossas casas, deverá, por isso, o município, fazer um levamento da situação para que possa encontrar uma solução que acautele futuras quebras no respetivo fornecimento. Porque se não o fizer estará violar o mandato que estabeleceu com os eborenses, que o obriga, no âmbito das suas atribuições e competências a garantir o fornecimento de água, sem quebras, aos seus representados. São estes, todas e todos os eborenses e os que escolheram a nossa cidade para aqui fazerem as suas vidas.
Por outro lado, a chuva intensa que se verificou nos últimos dias causou cheias nalgumas ruas do no nosso concelho e com isso também causou variadíssimos problemas e constrangimentos na mobilidade das pessoas. Se esta situação se deve, à acumulação de água nas ruas à falta de limpeza das sarjetas e das condutas da drenagem das águas pluviais. Só restará, portanto, ao município colocar pessoal a limpar as respetivas sarjetas e condutas no verão. O ensinamento da fábula, a formiga e a cigarra, talvez se aplique a esta situação.
Dito isto, as Câmaras Municipais foram criadas para anteciparem os problemas e encontrarem resposta adequadas à vida das respetivas comunidades. Não foram, por isso, pensadas para reagirem aos problemas. A reação deverá ser sempre a exceção, e não a regra.
José Policarpo (crónica na radio diana)