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O socialismo e o dinheiro dos outros

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Já muito fora dito e escrito sobre os perigos e os atropelos dos populistas das esquerdas radicais e extremadas, aos Direitos e às Liberdades.
O século XX e o início do actual, foram e são pródigos em exemplos do que acabo de afirmar. A américa do sul é disso um paradigma mais do que evidente. Veja-se, com efeito, o que está a suceder na Venezuela e na Bolívia. A miséria é generalizada e os tumultos sociais são o “pão de cada”.
Na verdade, a solução governativa que governa o nosso país tem dado sinais de grande populismo e de uma grande desorientação. Medidas como a quebra do sigilo bancário para os titulares de contas bancárias com saldos superiores a 50 000,00€ e a medida anunciada pelo bloco de esquerda que compreende um imposto para quem detém património superior a 500 000,00€, são disso sinais mais do que evidentes.
Sou um defensor incondicional da equidade e da justiça social. Os que detêm mais rendimentos devem contribuir para que as assimetrias sociais diminuam e a diferença entre quem menos tem e os que mais têm, deva ser gradualmente esbatida. É assim que sucede nos países mais desenvolvidos. Porém, para chegarmos a este estado de bem-estar social não podemos espoliar quem mais trabalha e quem mais arrisca. As medidas propostas apontam neste inequívoco sentido.
Portanto, o governo para atacar as diferenças dos rendimentos auferidos pela população portuguesa não deverá ser pela via do aumento da carga fiscal, mas sim através de políticas que permitam o investimento e com isso haverá mais emprego e melhores salários. Senão o fizer estará a empobrecer o futuro do país.
Por fim, dizer que a manutenção do poder não justiça tudo. O caminho que o partido socialista escolheu para o nosso país poder-nos-á levar à falência e à total descredibilização, porque quando deixar de existir onde se possa tributar, chegará a pobreza e a miséria. E, não defendam que é só este partido socialista. O outro, por estar calado, é cúmplice.

José Policarpo (crónica na radio diana)

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