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Conquistar a Esperança

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O Ano iniciou com os primeiros debates entre os candidatos e candidatas à Presidência da República. Aquilo que ouvi permitiu reforçar o meu apoio à Marisa Matias.
Marisa Matias surge como uma lufada de ar fresco e com uma capacidade única (em relação aos restantes candidatos) de expor as suas ideias de forma clara e objectiva, sem deixar qualquer dúvida em relação à sua defesa intrasigente da Constituição da República Portuguesa. Marisa sabe e deixa claro que não se defendem os direitos das pessoas continuando a defender os interesses financeiros.
Marisa Matias sabe que não se defendem os direitos das pessoas continuando a permitir que os erros da Banca sejam pagos pelos contribuintes. Por isso mesmo, foi clara e foi a única candidata a afirmar que não promulgaria o Orçamento Rectificativo e que devolveria o debate à Assembleia da República.
Marisa Matias também sabe que não se combate a austeridade com as condições impostas pelo Tratado Orçamental. Foi a este propósito clara no debate com Sampaio da Nóvoa e este também foi para quem quis ouvir: Sampaio da Nóvoa não só se mostrou relutante em afrontar os interesses da Banca, como afirmou não ver no Tratado Orçamental um impedimento à consagração dos direitos instituídos na Constituição.
Marisa Matias é o rosto que combate os que operam a máquina poderosa que quer impor o medo e a desesperança, que pretendem atropelar os valores da justiça social, da equidade, da solidariedade, do trabalho. O capital opera assim, sem escrúpulos, deixando migalhas. Migalhas que devemos agradecer e pelas quais devemos lutar contra os nossos semelhantes. Migalhas que dizem ser o que é possível em tempos de crise. Migalhas resultantes do muito que comemos no passado, dizem eles... E ai de quem contestar as migalhas, porque a ameaça de até as migalhas nos retirarem paira sobre as nossas mentes.
A Marisa personifica a história de um empenhamento total numa sociedade mais justa e mais solidária, combatendo este medo.
A candidatura da Marisa soma e pressiona a existência de uma segunda volta, impedindo o passeio do(s) candidato(s) da direita. Uma candidatura que soma votos, soma reflexão, soma transparência, soma clareza, soma justiça, soma solidariedade, soma democracia, soma participação, soma exigência, soma liberdade, direitos e garantias.
A Marisa é uma mulher de coragem, também porque por entre pressões para uma falsa unidade de esquerda que nunca mais surgia, afirma-se contra os que apostam no conservadorismo como via e os que têm medo de se afirmar de esquerda procurando um centro inexistente e esvaziado. A Marisa traz para a vida política a simpatia, a emoção, o humanismo, a seriedade e a competência, tão bem demonstrada no seu trabalho cívico e político.
Vivemos tempo suficiente no bafio e na neblina cinzenta do conservadorismo atroz da direita... Precisamos de uma brisa que perdure... Precisamos de conquistar a esperança. Cada voto na Marisa é a tradução desta esperança.
Até para a semana!

Bruno Martins (crónica na rádio diana)

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