A situação actual na comunicação social (CS), começa a dar ares de algo surreal, controlada toda ou pelo menos a grande maioria por pessoas ligadas às instâncias do poder instituído, tudo fazem para que as eleições legislativas se tornem em algo sem qualquer interesse. Para eles, CS, o esclarecimento das pessoas não tem qualquer interesse, antes pelo contrário, interessa que tudo continue na mesma, e que as pessoas continuem adormecidas, para esta CS o que interessa são as eleições presidenciais, ele é a candidatura da Maria de Belém, ele é candidatura do Marcelo, ou mesmo a não candidatura de Santana Lopes (como se isso tivesse algum interesse para o país), que só à sua custa já deu mais tempo de antena que a dada ao PS, para não dizer mais do dobro do PCP ou do BE.
Porquê este desinteresse? Certamente porque o que interessa não é relembrar as politicas que nos foram impostas pelos dois partidos que se encontram no governo hà quatro anos e que todos os dias nos vêm dizer que afinal estamos muito melhor do que há quatro anos, quando todos nós sabemos que tal não corresponde à verdade.
(Até tem o descaramento de nos vir dizer o aumento da cobrança de impostos não tem a ver com o aumento dos mesmos, como se não tivessem aumentado o IVA, o IRS, para além de terem criado uma sobretaxa, coisa nunca vista nos 40 anos de democracia).
O que eu gostaria é a que CS desse a palavra aos portugueses e deixasse de nos hipnotizar com fait divers, das presidenciais e outras questões como sejam o (in)rigor da justiça, dessem menos noticias sobre as “universidades” dos futuros boys em que cada orador é pior do que outro, ou seja numa universidade a sério deve-se ser objectivo e não demagógico.
Basta de tanto desinformar, vamos lá a ver se no próximo mês que falta para a realização das eleições começam, a ser mais sérios e a preocupar-se menos com as presidências e mais com aquilo que nos interessa, e que passa por se saber quais são ideias que cada um dos candidatos a primeiro-ministro tem para os próximos quatro anos de governação, como seja por exemplo quais as suas politicas de impostos, de saúde, de emprego, que pretendem para o nosso país em termos de investimento, de divida pública, de crescimento etc, etc.
Até porque para as presidenciais ainda vamos ter muito tempo para discutir as mesmas. Sejam sérios e objectivos e deixem de apoiar determinadas tendências ideológicas, pois para isso já existem os respectivos meios de propaganda politica que cada uma das forças concorrentes tem a sua disposição.