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Gás natural: Câmara de Évora e Governo, é hora do saque meus senhores.

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Recebi hoje, como recebo todos os meses, a factura do gás natural e o roubo é cada vez mais descarado. Numa factura em que o gasto em gás é de 30,81 euros a Taxa de Ocupação do Subsolo, cujo valor reverte na íntegra para o município de Évora, é de 10,94 euros. Ou seja, cerca de um terço do valor do gás efectivamente consumido. Eu já pago um IMI exorbitante cujas receitas vão para a Câmara, pago as taxas municipais de saneamento e de recolha de lixo, a conta cada vez mais aumentada da água e sou obrigado a pagar a passagem das canalizações de gás nas ruas da minha cidade. Sou o "pato" que depenam em vida e a quem dizem que estão a cortar nas "gorduras".
Percebo que a Câmara de Évora (como o estado português) esteja sem um centavo e que queira arrecadar todo o dinheiro que seja possível. Mas assim, deste modo, apenas à custa do cidadão contribuinte, não é possível. A força política que está na Câmara (PCP) acusa o Governo (PSD/CDS) de estar a fazer um saque sobre os contribuintes. Eu acuso a Câmara de Évora por ter a mesma atitude e por tentar branquear este facto simples: bastava anular a cobrança da TOS para que todos deixássemos de pagar (é o que fazem dois terços das Câmaras deste país com gás canalizado).
Este é dinheiro que vai directamente para a Câmara e é um absurdo. Não estamos a falar de tostões: todos os meses a Câmara de Évora extorque aos seus munícipes, consumidores de gás canalizado, dezenas  (centenas?) de milhar de euros. O que a juntar aos impostos que o governo nos extorque faz com que todos sejamos vítimas de uma dupla extorsão: da parte da Câmara por essa taxa iníqua (que se devia repercutir sobre as empresas e que atinge apenas o cidadão) e da parte do Governo pelo IVA que onera em 23 por cento o gás que é um bem de primeira necessidade para milhares de portugueses e eborenses.
Bem pode a Câmara de Évora fazer comunicados a dizer que a culpa é da GALP (também tem devido ao elevado preço a que vende o gás, mas isso são contas doutro rosário), quando todos sabemos que é ela, a CME, que arrecada o dinheiro. E que quanto mais parte tiver no “bolo” melhor será para ela e, melhor ainda, se o “odioso” recair em alguém. Mas neste caso é, por demais óbvio, que quem vai arrecadar a minha taxa de TOS (e a de todos os eborenses) é a Câmara de Évora, a quem bastaria decidir que no concelho não há TOS para ninguém ou que a taxa iria para o mínimo.
Assim, está demais à vista do que trata: Câmara de Évora e Governo, estamos aqui mesmo a jeito, por isso, é hora do saque meus senhores.


Joaquim Augusto Matos (por email)

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