joaquim palminha da silva |
Inverno… Ainda um sol esguio
um pouco de céu aberto…
Logo um vento frio
augura o tempo certo.
Difunde-se o estranho mistério
do além-mar muito ao longe
que embebendo com sua luz
fez do cavaleiro um monge.
As folhas hirtas caem por terra
de árvores sem idade
e morrem na sombra que encerra
um país com cheiro de saudade.
Ruínas de fortalezas
de esperança meio acesa
sempre acordam encharcadas
da chuva da tristeza…
Em tudo a voz do Inverno
o tempo e a Estação:
- Mas o tempo está certo
Portugal é que não!