Bom dia
Venho escrever-vos para fazer uns "alguns pequenos ajustes da história" publicada por Vós no endereço electrónico http://www.cincotons.com/, com o título O Ministro, Salazar e o poeta e escrito pelo Senhor José Frota a 17 de Agosto de 2014.
Faço-o, porque não será a primeira vez que leio "esta história" publicada ou contada de um modo incorrecto e também, porque sou neto do "poeta".
Começaria por referir que o poeta em questão chamava-se João Augusto de Vasconcellos e Sá e não João António, como referem no texto.
O senhor Leovigildo Queimado Franco de Sousa, casou com uma das irmâs da mulher do poeta e não com uma prima, como também referem, e que os coloca como cunhados.
O dito jantar, foi em homenagem ao Senhor Leovigildo Queimado Franco de Sousa e sabendo dos dotes e bom humor que gozava o cunhado e "poeta", encomendaram-lhos para que os apresentasse na referida refeição.
O qual, o poeta, o terá feito para deleite de quase todos, excepto o "Sr. Soisa", que ao que parece não gozava dos mesmos predicados (sentido de humor).
Esta proximidade familiar terá sido a razão pela qual não houve qualquer represália, penso...!
Poderão ter sucedido algumas coincidências em relação à deposição do dito senhor e este poema, o qual não deixa de ser uma visão inteligente e humorada da situação existente na época.
Posso dizer-lhes ainda que tenho uma cópia e rascunho destes versos pertencentes ao arquivo do meu avô.
Existem inclusive outros versos, escritos pelo poeta à sogra, que referem a má sorte que as suas filhas tiveram, em casar apenas com "gente pobre" (tendo em conta o estado em que viviam de grande riqueza), incluindo-o a ele mesmo (o poeta) e o "Sr. Soisa" (Leovigildo Queimado Franco de Sousa).
Agradeço a Vossa atenção e o facto de terem escrito acerca de uma pessoa que muito admiro, mas que infelizmente nunca tive a sorte de conhecer, prentendo apenas "alguns pequenos ajustes da história"
Com os melhores cumprimentos
Luís de Vasconcellos e Sá (por email)