E lá recebi esta manhã a minha nota de despedimento da TSF em conjunto com mais outros 13 companheiros/as e camaradas da rádio (o que de um total de 119 trabalhadores prefigura 11,5% de despedimentos na antiga "rádio em directo"). Alegando más prestações económicas a partir de 2011 (que foi precisamente quando os efeitos desta administração e desta direcção - vendendo a antena a parcelas e descaracterizando a TSF - se começaram a fazer sentir) e a uma situação financeira insustentável, a administração da Controlinveste justifica os despedimentos como "difíceis, mas necessários" para a recuperação da rádio. No caso que a mim me mais diz respeito os autores desta nota de despedimento quase que foram "ternurentos".
Escrevem que "aferido o volume de notícias oriundas da respectiva região, considera não se justificar a manutenção da delegação de Évora, região em que o noticiário local passará a ser coberto, em caso de necessidade, por correspondentes, colaboradores ocasionais não dedicados, de acordo com as orientações e agenda da Direcção".
E acrescentam, em jeito de La Palisse, que "a decisão de extinguir a delegação de Évora tem como consequência a extinção do posto de trabalho de jornalista a ela afecto".
E mais à frente: "o critério de seleção do trabalhador abrangido pelo presente processo de despedimento colectivo, cujo posto é extinto, está, exclusivamente, ligado à decisão de extinguir a Delegação de Évora da TSF, onde o trabalhador em causa desempenha a sua actividade".
Que bem ! (como se nos anteriores 24 anos que levo de jornalismo da TSF alguma vez me tivesse limitado - a não ser nos últimos tempos e com esta direcção - a produzir "notícias oriundas da região"....)
Mas pronto. É aqui que estamos.