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João Rocha com novos apoios em Beja: Nicolau Breyner, Pedro Roseta, Toy, entre outros.
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hoje em Évora CDU debate a saúde
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Nazaré (realização de Manoel Guimarães e texto de Alves Redol) hoje no Páteo do INATEL
O Cineclube da Universidade de Évora e o Pátio do Cinema da SOIR Joaquim António de Aguiar anunciam o encerramento do CINEMA DE VERÃO na cidade de Évora.
A última sessão terá lugar no próximo dia 19, Quinta-feira, às 22horas no Pátio da Delegação de Évora da Fundação INATEL (Rua Serpa Pinto).
A sessão contará com a apresentação do filme Nazaré de Manuel Guimarães
Nazaré
Realização: Manuel Guimarães
Argumento: Alves Redol
Interpretação: Artur Semedo Helga Liné Virgílio Teixeira
Duração: 80 m | Género: Drama
País: Portugal | Ano: 1980
A existência dura mas heróica de uma comunidade piscatória. Os seus conflitos e sentimentos individuais, sobressaindo do drama colectivo, sempre com o mar em fundo, com poder de destruição ou origem fertilizadora.
O ciclo nascimento-vida-morte é traçado através de diversas personagens, de entre as quais se relata a história de dois irmãos - António e Manuel Manata - um forte e valente, o outro fraco e covarde.
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Esta tarde
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discursos politícos: para ouvir
Com o início da campanha eleitoral, o discurso político saiu à rua, também em Évora. Os candidatos ao poder local percorrem agora, quer sejam as estreitas ruas do centro histórico da cidade, quer os mais esquecidos recantos das freguesias do concelho.
Todos tentam "contactar" as pessoas que encontram. Convencer, se possível. Sensibilizar, pelo menos. Cumprimentar quando não pode ser mais nada.
Do lado dos políticos, dos candidatos, de quem os acompanha, verificam-se dois posicionamentos, bem diferentes. Há mesmo duas linguagens que dão forma a duas opções bem distintas entre si. É, aliás entre estes dois discursos que os Eborenses vão escolher. Quer seja pela via do voto ou da abstenção, uma destas lógicas vai sair legitimada para governar o concelho.
Os candidatos do PS quando saem à rua concentram-se na forte distinção entre si e o seu adversário político, a CDU. Quando se dirigem às pessoas na rua, em mensagens curtas e simples, preparadas para a bipolarização, falam dos comunistas como "os que querem o atraso do país e da cidade, os que desejam afastar o desenvolvimento porque só assim terão hipóteses de ser eleitos, os que só sabem ser contrapoder, os que pensam que quanto pior , melhor".
Em contraponto, os socialistas apresentam-se a si próprios como "os que estão na senda do desenvolvimento e da captação de investimento, os que vão continuar a fazer melhor, agora com um novo estilo (o de Manuel Melgão) mas com a mesma matriz" (lançada há 12 anos por José Ernesto).
Os candidatos da CDU quando saem à rua focam-se na lógica do seu slogan "juntos conseguimos". O adversário político não é evocado. A não ser implicitamente, quando falam da " necessidade de mudar de rumo". O centro da sua mensagem "são todos. A Câmara será a casa de todos, decidiremos com todos, moradores, comerciantes, instituições e agentes sociais, culturais e desportivos."
Apresentam-se assim, de forma bem visível e explícita os dois posicionamentos tradicionais em disputas eleitorais: Por um lado, o do poder instalado a quem cabe apenas defender postos adquiridos. Por outro o de quem não é mas quer ser poder. A estes, não lhe basta defender posições, têm que entrar para lá das brechas instaladas, têm de apontar as aberturas para uma construção de poder reconhecido, à priori, como diferente do existente para melhor. Sabendo que é mais difícil, porque mais arriscado, fazer diferente do que fazer igual, a expectativa só pode ser elevada quanto a resultados.
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Évora: 3º dia de Campanha Eleitoral (pelos olhos da LUSA)
Candidata do BE a Évora quer renegociar dívida à banca e PAEL
A cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda (BE) em Évora, Maria Helena Figueiredo, defendeu hoje que a câmara deve “renegociar a dívida” com a banca e pugnar pela “revisão” do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL).
“A câmara tem uma dívida enorme e está limitada pela assinatura do PAEL. Há, pois, dois travões, o dinheiro que não existe e a impossibilidade de desenvolver projetos porque não pode contrair nova dívida”, argumentou.
A candidata do BE à Câmara de Évora nas autárquicas do próximo dia 29 falava à agência Lusa, ao final da tarde, à margem da sessão de apresentação do seu programa eleitoral.
Sobre a dívida conhecida da câmara, que “é de quase 75 milhões de euros”, disse, o BE defende que deve ser renegociada com a banca, especialmente “as maturidades e taxas de juro”.
“A câmara não pode dar por adquirido que aquilo que contratou há meia dúzia de anos, com determinadas taxas de juro, se mantém, até porque não é do interesse das instituições de crédito que a câmara não consiga pagar”, afirmou.
Essa renegociação, sugeriu, poderia “incluir outras formas de pagamento”, substituindo “um pagamento financeiro por um pagamento em espécie”.
Quanto ao PAEL, a que a câmara aderiu para um empréstimo de 32 milhões de euros, Maria Helena Figueiredo quer que o município, em conjunto com outras autarquias na mesma situação, pugne “pela revisão do programa”.
“É um programa aprovado por decreto-lei mas as leis fazem-se e desfazem-se e o PAEL tem que se ajustar à realidade dos municípios e sem assentar na lógica atual, a da sobrecarga dos cidadãos”, disse.
A candidata do BE considerou “inadmissível” que, “além do juro contratual normal do empréstimo”, o Estado “aplique uma sobretaxa de 1,5%”, o que constitui “um enriquecimento do Poder Central”.
O PAEL é uma linha de crédito criada pelo Governo e pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses para permitir às câmaras em dificuldades financeiras o pagamento a fornecedores das dívidas vencidas num prazo de 90 dias. (LUSA)
Candidato do PS a Évora quer continuar a apostar na educação
O candidato do PS à Câmara de Évora, Manuel Melgão, destacou hoje a aposta da gestão socialista na área da educação, assinalando a construção de duas novas escolas e a futura remodelação de outro estabelecimento.
“Temos todo um trabalho feito na área da educação, que queremos aprofundar e continuar, desde a construção de dois centros escolares, que estão em pleno funcionamento, à requalificação de todo o parque escolar”, afirmou Manuel Melgão.
O candidato falava à agência Lusa à margem da apresentação dos candidatos socialistas na freguesia do Bacelo, que decorreu no polidesportivo local.
Depois da sessão, seguiu-se uma arruada pelo bairro, que se situa na periferia de Évora, em que Manuel Melgão, acompanhado por apoiantes, distribuiu panfletos pelos moradores.
O candidato realçou que pretende “continuar a dar prioridade à educação” para proporcionar “melhores condições de funcionamento” nas escolas e para que “os jovens possam ter aulas condignamente”.
“Há muito trabalho feito e há muito trabalho que queremos continuar a fazer”, referiu.
Manuel Melgão destacou a construção “pela mão do PS” de duas novas escolas nas últimos anos, uma na freguesia do Bacelo e outra em Canaviais, revelando que a Escola Básica 2,3 André de Resende vai entrar em obras “possivelmente até final do ano”, com o apoios de fundos comunitários.
É uma obra que “aguarda o visto do Tribunal de Contas”, revelou, indicando que a “intervenção de raiz” vai dotar aquele estabelecimento escolar das “melhores condições de trabalho e das mais modernas tecnologias”. (LUSA)
Candidato PSD/CDS-PP defende construção de novo hospital central em Évora
O candidato do PSD/CDS-PP à Câmara de Évora, Paulo Jaleco, defendeu hoje a construção de um novo hospital central na cidade "dentro das possibilidades do país", embora reconhecendo que a situação económica "não é a mais favorável".
"Como médico e conhecendo as necessidades, quer da população e dos doentes, quer dos trabalhadores do hospital, sou defensor da construção de um novo hospital", afirmou o candidato da coligação "Évora Primeiro", em declarações aos jornalistas durante uma ação de campanha na freguesia rural de Nossa Senhora da Graça do Divor.
Cirurgião no hospital de Évora, Paulo Jaleco, de 51 anos, reconheceu que a atual situação económica do país "não é mais favorável", mas prometeu, no caso de ser eleito presidente da câmara, exercer "a influência possível" para que a construção do novo hospital central se venha a concretizar.
Em agosto de 2011, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou à agência Lusa que a construção deste novo hospital ia ser reavaliada pelo Governo, tendo em conta "a realidade do país", não tendo, desde então, a tutela revelado outros passos sobre o projeto.
O projeto, apresentado há vários anos, prevê a construção de um novo hospital central na periferia de Évora para substituir o atual Hospital do Espírito Santo, localizado no centro histórico e cujos dois edifícios estão separados por uma avenida.
Na aldeia de Graça do Divor, Paulo Jaleco, acompanhado por uma comitiva de duas dezenas de apoiantes, cumprimentou os poucos munícipes que surgiram na rua ao final da tarde, o que até lhe permitiu "refrescar-se" com uma cerveja num dos cafés da povoação.
"O que é preciso é melhorar isto um bocadinho", respondeu o candidato aos desejos que recebeu de "boa sorte". (LUSA)
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Debate entre os quatro candidatos à Câmara de Évora esta tarde entre as 16 e as 17,30H na Antena Um
Esta sexta-feira, depois das notícias das 16 horas, a Antena Um vai transmitir em directo aquele que deverá ser o único debate entre os quatro candidatos à Câmara de Évora durante esta campanha eleitoral. O acincotons sabe que esteve prevista pela Rádio Diana a realização de um ciclo de debates colocando frente a frente dois candidatos, mas que a candidatura do PS recusou esta fórmula, considerando que o seu candidato não tinha agenda para estar presente nos três debates previstos, mas disponibilizando-se para um debate a quatro. Terá sido, depois, a Rádio Diana a informar que não tinha espaço na grelha para um debate desta dimensão. Também o Diário do Sul e a Rádio Telefonia do Alentejo deverão entrevistar esta semana os candidatos, mas cada um, individualmente.
Pelo exposto, este debate da Antena Um, moderado pela jornalista Maria Flor Pedroso, hoje entre as 16 e as 17,30H, deverá ser o único a quatro a realizar-se durante esta campanha. Daí a sua importância para que o eleitorado possa ouvir as propostas de Manuel Melgão (PS), Carlos Pinto Sá (CDU), Paulo Jaleco (PSD) e Maria Helena Figueiredo (BE).
Para "abrir o apetite" o acincotons divulga quatro pequenas entrevistas feitas aos quatro candidatos por alguns jornalistas de Évora (Paulo Nobre, Manuel Luís Mendes, Sérgio Major, Carlos Júlio) durante acções de rua já esta semana, onde todos eles explicam como estão a viver este início de campanha e quais as suas propostas para Évora.
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Hoje: "Por Beja com Todos" promove Tribuna Aberta sobre Saúde
O movimento independente e plural “Por Beja com Todos”, de acordo com um dos seus objectivos – ter em permanente construção um projecto alternativo e independente para Beja -, vai promover mais uma TIBUNA ABERTA, desta vez sobre o tema “QUE SAÚDE QUEREMOS PARA BEJA?”.
Esta Tribuna Aberta terá lugar no dia 7 (Quinta-Feira) de Novembro, das 21h00 às 23h00, na BIBLIOTECA MUNICIPAL José Saramago e contará com a participação dos médicos convidados: Dr. JOÃO LEMOS e Dr. MUNHOZ FRADE e será moderada por PAULO BARRIGA, jornalista e Director do Diário do Alentejo.
Com a realização desta Tribuna Aberta, pretende o “Por Beja com Todos”, para além daquele objectivo, criar um espaço de debate sobre um tema que a todos interessa e a muitos preocupam algumas medidas que estão a ser tomadas e que poderão ter consequências graves nos serviços que são prestados à nossa população. (nota de imprensa)
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DA de amanhã
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Actual Câmara de Évora não recebeu apenas dívidas da Câmara anterior
Vice Presidente recebeu bandeira verde da APFN em Coimbra
Câmara de Évora distinguida por boas práticas de política familiar
A Câmara Municipal de Évora foi novamente distinguida pela Associação Portuguesa das Famílias Numerosas/Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis com a bandeira verde/menção honrosa da iniciativa “Autarquia+ Familiarmente Responsável 2013”, que galardoa autarquias pelas melhores práticas na área das políticas de apoio à família.
A Vice-Presidente, Élia Mira, em representação da autarquia eborense, recebeu esta distinção no dia 6 de Novembro, na sede da Associação Nacional de Municípios, em Coimbra. A cerimónia contou com intervenções do Presidente da APFN, Fernando Castro; da representante do OAFR, Teresa Ribeiro; do Secretário-Geral da ANMP, Artur Trindade e do Secretário de Estado, Pedro Lomba.
Foram distinguidos um total de 37 municípios portugueses, sendo que Évora inclui-se também na categoria dos 25 que já são laureados pelo terceiro ano consecutivo. Este reconhecimento resulta de um inquérito feito pelo OAFR ao qual responderam 98 autarquias e onde foram avaliadas as políticas de família dos municípios em 10 áreas de atuação, que pode ser consultado em www.observatorioafr.org .
“Sentimo-nos satisfeitos com a atribuição deste galardão, que é também um sinal que os nossos técnicos estão a trabalhar muito bem no sentido de corresponder àquilo que as famílias esperam de uma autarquia responsável”, considerou a Vice-Presidente, Élia Mira, frisando que “sobretudo neste contexto de crise económica, financeira e social em que vivemos, faz todo o sentido existir um município – e neste caso vários - que desenvolvem políticas de apoio às famílias, concretizadas em medidas sociais”.
Um trabalho que ajuda a perceber “como um município pode cumprir esta função social, substituindo-se inclusivamente ao apoio que podia ser do Governo e que neste contexto está a ser cada vez mais dificultado, inclusivamente pelos cortes nas transferências do Orçamento de Estado para as autarquias”, explica a autarca, salientando que as autarquias, enquanto poder de proximidade “deveriam poder dispor de mais meios para responder de forma eficaz às necessidades da população”.
De salientar ainda que o Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis, em parceria com a Câmara de Évora, realiza um workshop para Técnicos de Ação Social das autarquias da região Sul, denominado “Apoio à Maternidade e Paternidade e Conciliação entre Vida Pessoal e Vida Profissional”, no dia 12 de novembro, entre as 10 e as 17 horas, na Sala dos Leões (Paços do Concelho de Évora). (Informação CME)
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Hoje é dia de greve na Função Pública
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Na "é neste país" este sábado
9 de Novembro de 2013, pelas 11.30h
--Com quantos pontos se conta um conto?
Margarida Junça
É neste país!
é neste país!
Rua da Corredoura nº8, Évora
266731500
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Jogos do Lusitano para este fim de semana
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Já está a decorrer!
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Embraer: já está a fabricar peças para avião militar e ocupa 200 trabalhadores
O administrador da Embraer Portugal, Paulo Marchioto, faz um balanço positivo do primeiro “ano e meio” de funcionamento das duas fábricas de Évora da construtora aeronáutica brasileira, que já empregam cerca de 200 trabalhadores.
“É sempre um desafio fazer o arranque de uma fábrica”, mas “podemos dizer que estamos bastante felizes neste ano e meio que estamos em Évora”, afirmou o responsável, em entrevista à agência Lusa.
As duas fábricas da Embraer, a terceira maior construtora aeronáutica do mundo, começaram a laborar em julho de 2012 e foram inauguradas a 21 de setembro do mesmo ano pelo Presidente da República, Cavaco Silva.
As unidades, uma de estruturas metálicas (partes de asas) e outra de materiais compósitos (componentes para caudas), representaram um investimento de quase 180 milhões de euros.
De acordo com o administrador da Embraer Portugal, na fábrica de estruturas metálicos são construídas as asas do avião executivo Legacy 500 e revestimentos de asa do KC-390 (um avião militar) e, posteriormente, também a empenagem vertical da nova aeronave militar.
A unidade de materiais compósitos, indicou Paulo Marchioto, é responsável pela construção das empenagens do Legacy 500 e, desde muito recentemente, do estabilizador horizontal do KC-390.
“O KC-390 ainda está em desenvolvimento”, mas a Embraer já está a “fabricar as primeiras peças” nas unidades fabris de Évora, disse o administrador da Embraer Portugal.
O revestimento de asa, segundo Paulo Marchioto, tem “18 metros de comprimento” e é “uma das maiores peças já fabricadas” pela construtora aeronáutica.
Tem “um tamanho considerável e uma complexidade enorme”, acrescentou.
O administrador referiu que as fábricas de Évora da construtora brasileira já empregam cerca de 200 trabalhadores, dos quais três são brasileiros, e que alguns dos materiais transformados nas unidades são fornecidos por “seis empresas portuguesas”.
“O que está a ser feito em Évora é com mão-de-obra local, de Évora e da região”, assinalou.
Mostrando-se “bastante otimista com o futuro”, o responsável destacou que as fábricas de Évora, apesar de estarem no “início da sua implantação”, contam com “todo o apoio da casa-mãe” para o desenvolvimento de “novos projetos e novas montagens nos próximos anos”. (LUSA)
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Necessidades Educativas Especiais: mais uma escola fechada a cadeado em Beja
Os pais e encarregados de educação dos alunos da Escola Básica de Santiago Maior em Beja fecharam, hoje de manhã, o portão da escola a cadeado.
O protesto, agendado numa Assembleia Geral de Pais e Encarregados de Educação, prende-se com a falta de apoios aos alunos com necessidades educativas especiais.
Recentemente, por este motivo também já tinha sido fechada a cadeado a porta da Escola Secundária Diogo de Gouveia (aqui)
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Quem escreve e quem lê
Albert Camus fez cem anos na semana passada. Leitores e comentadores festejaram, a Academia também. Foi um escritor e filósofo francês, nascido na Argélia, premiado com o Nobel em 1957 e que teve intervenção política. Foi dirigente comunista, expulso depois do partido, e acabou anarquista. Era um pied-noir, o equivalente francês ao conceito português de “retornado”, o que significa para o caso que foi dos que não teve uma vida fácil. Disse um dia que "Quem escreve de um modo claro tem leitores. Quem escreve de um modo obscuro, comentadores."Primeira conclusão: qualquer escritor a quem festejem o centenário tem de ter, por estes parâmetros de Camus, esses dois lados, o claro e o obscuro.
Nesta semana que passou, fomos também brindados (oiçam a ironia, por favor) com o comentário, de alguém que escreve, sobre a reação popular à austeridade. Dessa pessoa não estou à espera que se assinalem, pela sua obra, os cem anos, nem tão pouco considero que tenha tido, ou venha a ter alguma vez, alguma intervenção política, apesar do comentário claramente colado a uma certa direita. E, no entanto, se há quem escreva e tenha leitores em Portugal, é esta pessoa. Como tem, está bom de ver, comentadores que eu já os vi e ouvi, sim senhora. O interessante é precisamente que os comentários, a sério, que se têm feito sobre os seus livros se prendem muito mais com o fenómeno não da sua clareza, mas de outro adjetivo, que Camus nunca poderia ter imaginado, acho eu com poucas certezas, e que é o adjetivo “light”. O “light” está para os livros, como o “pimba está para as canções, sendo que esta é a melhor e mais rápida definição por analogia que me parece, assim de repente, fácil de dar a entender.
Não vou dissertar aqui sobre as qualidades de Camus, que sob a marca talvez mais consensual do existencialismo tratou grandes questões do indivíduo, da sociedade e da humanidade; ou sobre as banalidades de MRP, como por agora tem sido conhecida no meio a tal pessoa que escreve, de seu nome artístico Margarida Rebelo Pinto. E eu até sou daquelas que acha que mais facilmente se salva para a boa leitura um leitor da MRP do que um não leitor. Com muito trabalho, é certo, mas antes ler MRP que não ler nada. Mas adiante.
Quero apenas salientar o facto de que as leituras literárias não são unívocas, ou seja de sentido único, porque também as obras literárias não simplificam o emaranhado complexo que é a vida, de que também falam; que os muitos leitores se conquistam pela clareza da escrita, e não pelo simplismo, e os bons leitores pela capacidade de nessa clareza encontrarem a profundidade que nela existe e que, por isso, desperta o comentário, mesmo na forma de reflexão individual. Finalmente, salientar que bons leitores de livros, aqueles que se interrogam sobre o que leem, são normalmente bons leitores da realidade que os circunda. E quem leu MRP, como já fiz (ok, um livro e meio, porque dou o benefício da dúvida aos autores de best-sellers e senão não poderia estar aqui a falar assim), perceberá que a única leitura que ela poderia fazer foi aquela que fez, através dos olhos de uma elite alienada, cuja dureza da vida não passa pela sobrevivência nos moldes que a civilização atual deveria proporcionar. Talvez aqueles que nesse mundo cor-de-rosa retratado por MRP encontram a evasão possível à dureza do dia-a-dia, percebam a soberba de quem, mesmo não tendo nem sabendo dar melhor, lhes dá daquilo como se estivesse a atirar pérolas a porcos.
Até para a semana.
Cláudia Sousa Pereira (crónica na rádio diana)
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À atenção da Habévora
Um invisual vivendo numa casa desta empresa municipal, viu a sua renda de casa, repito renda social, ser aumentada de 286 euros para 353 euros para 2014.
É um casal de septuagenários ambos doentes, tendo de recorrer á boa vontade da familiares afastados e vizinhos para resolver coisas simples, como ir ás compras, fazer comida e o que recebe de prenda de Natal um aumento de 23% no valor de renda de casa.
Se há na mesma zona e da mesma empresa quem pague 4 euros mensais, por insuficiência económica, é justo que situações de fragilidade como atrás mencionada seja atendida, até porque precisam de taxis regularmente para se deslocarem.
As empresas municipais regem-se por leis póprias em que a renda máxima pode ir muito para além de 1/15 anual estabelicida para os privados. Dá-me a ideia ser preferivel viver há 20 anos numa casa privada, pois esse aumento brutal não seria permitido. O poder central e autárquico exige aos privados aquilo que o próprio não cumpre. Bem prega Frei-Tomáz.
Anónimo
12 Novembro, 2013 20:37
12 Novembro, 2013 20:37
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Tem a certeza?
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O primeiro cruzamento foi assim. Para hoje está marcado um segundo. |
Hoje em Évora há um convite para " o segundo cruzamento, numa sessão centrada no excerto distribuído de Da Certeza', de Wittgenstein, e o prof. José Rodrigues dos Santos como leitor-guia."
Logo, às 21h desta quarta feira, na Igreja de S. Vicente. Mais aqui.
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Desemprego jovem e economia Europeia
Mais de 20 chefes de Estado ou de Governo da União Europeia reuniram ontem com o compromisso de avançar de forma “concreta” para “resultados rápidos” no combate ao desemprego dos jovens que afecta mais de seis milhões de europeus com menos de 25 anos.
De acordo com os últimos dados da Comissão Europeia, o desemprego afecta quase 60% dos jovens em Espanha e na Grécia, e 36,9% em Portugal.
No caso de Portugal, o programa Impulso Jovem arrancou com muitas dificuldades que obrigaram ao seu ajustamento mais do que uma vez. Nos últimos meses, porém, o desempenho tem sido mais positivo permitindo ao programa envolver, actualmente, cerca de 70.000 jovens, mas é pouco, muito pouco.
Ainda nesta área, depois de uma semana marcada pelas sempre famigeradas leituras dos rankings da escolas e do dilema escolas públicas versus escolas privadas, o governo veio defender o empreendedorismo como disciplina de ensino obrigatório, facto que merece nota positiva e faz parte da Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e Emprego 2014-2020.
De acordo com o documento, haverá a “integração de competências de empreendedorismo nos programas de ensino da escolaridade obrigatória”, para dar um “contributo significativo para a qualificação dos empreendedores do futuro” e “fomentar uma cultura de valorização e reconhecimento do empreendedorismo”.
A meta temporal associada à medida é, já, o segundo trimestre de 2014.
Boas notícias, quando se sabe que a cimeira europeia de Paris, apesar da preocupação manifestada com o desemprego jovem, passou ao lado da primeira condição para o combater:
O relançamento da economia, que tarda, numa Europa cada vez mais estagnada.
Continuação de Boa semana
Silvino Barata Alhinho (crónica na rádio diana)
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