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Boa Fé: Assembleia Municipal de Évora vai realizar sessão extraordinária sobre projecto mineiro

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Há meses que o Bloco de Esquerda em Évora (acompanhado por outras vozes desgarradas do sistema partidário)  tem trazido para a praça pública o atentado que está a ser preparado ao ambiente e à saúde das populações com a exploração mineira da Boa Fé. Muitas vezes tem sido uma batalha quase solitária, mas, mesmo por isso, de enaltecer. E esta noite quando a questão foi levantada na Assembleia Municipal pelo presidente da junta de Freguesia da Boa Fé (PS), e acompanhada por todas as bancadas, deve ter sido um momento alto para o "ego" dos bloquistas. Ouvir Capoulas Santos(PS) dizer que "o que se perspectiva para a Boa Fé é dantesco", Clara Grácio (CDU) afirmar que "o importante é informar as pessoas" ou António Dieb (PSD) dizer que "algumas tipologias da exploração mineira suscitam-me algumas dúvidas, para não dizer mais" deve ter agradado a Bruno Martins (BE) - depois de meses de conivência de todas as outras bancadas face à exploração mineira e à promessa de meia dúzia de empregos não se sabe a troco de quê - que viu assim convergir para as posições do Bloco de Esquerda vozes que, até há pouco, pouca relevância davam aos efeitos negativos - ambientais e humanos - da exploração mineira na Boa Fé e Monfurado.
A Assembleia aprovou a realização duma sessão extraordinária sobre a exploração mineira na Boa Fé - a realizar na freguesia, por proposta de José Russo, da CDU - dentro de mês e meio (depois das eleições europeias), não sem que antes José Luís Cardoso, do PS, face aos danos causados pela actividade de prospecção, tivesse proposto a apresentação de uma providência cautelar por parte da Câmara para que todos os trabalhos na Boa Fé fossem suspensos - proposta que não foi aprovada e que foi adiada para depois da realização da Assembleia Municipal Extraordinária.
Mais dois pontos: o presidente da Câmara revelou ter a informação da direcção regional de educação de que poderiam fechar no próximo ano 7 escolas do ensino básico no concelho de Évora e 37 a nível distrital, por não terem o número mínimo de 21 alunos. A Câmara aguarda agora uma reunião com o ministério para mais pormenores. Segundo o presidente, a autarquia está totalmente contra este fecho de escolas que, a concetizar-se, significará o encerramento de todas as escolas de ensino básico nas freguesias rurais.
Por outro lado, a execução orçamental dos primeiros três meses deste ano revela que a Câmara de Évora já utilizou, neste primeiro quarto de ano, 60% das verbas orçamentadas para a despesa anual, enquanto que apenas arrecadou 10% das receitas previstas para o ano, uma situação que o presidente da Câmara justificou pelo facto do Orçamento da autarquia estar empolado, dado - como é conhecido -  as receitas terem sido sobreavaliadas para fazerem face às despesas.

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