Pena que o Dr. Hugo Soares, não peça um referendo para saber se os portugueses partilham da ideia e aceitam as mordomias em que os políticos vivem.
Pena que não faça um refendo sobre se as prioridades onde se gasta o dinheiro dos contribuintes.
Porque é que o estado põe como prioridade construir auto estradas em alguns casos quase paralelas umas às outras e não há-de investir na escola pública?
Porque não fazer um refendo a questionar se concordam que pessoas sem concorrer a qualquer concurso público possam entrar diretamente no estado e ganharem salários de fazer inveja a qualquer mortal, só porque se é político?
Havia muitas questões que deveriam ser referendadas, essas sim de grande importância para a vida dos portugueses.
Quanto ao assunto que é a matéria do referendo direi: Quem é o PSD para decidir sobre a vida afetiva/familiar das crianças portuguesas?
O que os incomoda?
Uma falsa moral judaica/cristã ressabiada e não fundamentada em nada de lógico e que possa ser um crescente de felicidade para essas crianças?
Como é possível estas criaturas não pensarem que muitas das crianças (não todas), que são adotadas, são filhos de heterossexuais, que as abandonaram, maltrataram, negligenciaram- nos em alguns ou muitos momentos das suas vidas?
Foram maus cuidadores, péssimos agentes afetivos, que na hora de amar quem não pediu para vir ao mundo lhe voltaram as costas.
Bem sei que haverá aqueles que são órfãos, mas uma grande parte são crianças mal amadas, muitas condenadas para viverem enclausuradas em instituições, até poderem dar voos mais altos.
É inconcebível que pessoas que deveriam ter uma certa formação moral e intelectual, usem este grupo desprotegido e com uma dose propositada de preconceito, tentem adiar ou mesmo retirar-lhe a estabilidade e o equilíbrio emocional que uma grande parte destas crianças encontra, quando tem alguém que a ame e aceite tal como é: incondicionalmente.
Estes políticos deveriam ter um pouco de vergonha, de bom senso e pensarem que há coisas que não são negociáveis nem referendáveis.
Penso que o que pretenderam não será legitimado pelo tribunal constitucional. Poderia o assunto ter ficado logo decido em Belém. Mas quis o nosso Presidente lavar as mãos deste assunto, para que não fique mal visto...
Assim sendo, dentro de dias teremos a resposta que ao ser contrária ao que pretende a bancada do arco da governação, poderá suscitar aos mesmos, mais uma derrota. Mas que é isso para gente que tão habituada está a tantas guerras com o T. Constitucional?...
Algo acontecerá em seguida.
Direi apenas para concluir: Ninguém tem o direito de roubar o sonho, o amor a família e a felicidade de ninguém. Muito menos desta forma que envergonha qualquer mortal que se preze...
29 Janeiro, 2014 18:29