ANTEONTEM, de Paulo Freitas, dia 30 de Novembro, pelas 21,30 H, na Bruxa Teatro, em Évora.
Nas nossas vidas quotidianas temos constantemente presente a noção de tempo. Ou é porque não temos tempo para nada, ou é porque temos tempo a mais, ou é porque a vida é tão efémera que nem tempo temos para a viver.
Mas o que aconteceria ao nosso conceito de tempo se este parasse?
Esta peça parte desse pressuposto: o tempo está parado.
Parou na manhã do dia 23 de Abril de 1974.
O que aconteceu antes? O que acontecerá depois?
Dois actores em palco, dois homens, duas facções.
Um opositor ao Estado Novo e um polícia da DGS - Direcção Geral de Segurança (antiga PVDE e PIDE) lançam pensamentos ao ar, num momento em que tudo o resto à sua volta está parado.
Serão os Homens assim tão diferentes?
Será que nas duas pontas da corda não haverá semelhanças? Afinal estão ambas lá, perto da queda.
Num espectáculo intimista, vemos um Portugal sonhado, um Portugal emoldurado em cabeças que acreditavam nele.
Onde pára esse Portugal? (nota de imprensa)