Pois é, se eu fosse responsável por um teatro municipal distante dos centros culturais mais activos e tivesse acontecido um disparate como o que nos aconteceu na noite de sábado passado (nem 1 espectador em Estremoz), sabem o que eu teria feito? Telefonado, emailado, facebucado, voltado a telefonar lamentando e tentando descobrir como vir a alterar este serviço manifestamente insuficiente. Propunha uma reunião, uma conversa, uma discussão, uma análise. Declarava que não sabia dirigir um teatro na região mas que gostaria de discutir connosco ( e com mais quem?) para conseguir fazer melhor: a bem dos cidadãos. E sabem uma coisa? Eu metia-me outra vez no carro e ia lá passar um fim de semana a discutir o que fazer com o pequeno teatro local que visivelmente ninguém sabe dirigir, ai ia, ia. E não pedia dinheiro. Se alguém conhecer os responsáveis, embora mal-educados, digam-lhes isso. É que os espectadores de Estremoz (eleitores, cidadãos) merecem aquilo que eu sei - e que aprendi também com dinheiros públicos, liceus, universidades, bolsas. Merecem e eu mereço. Ah, se neste país a gente pudesse falar uns com os outros... em vez de ir olhar as montras.
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