Mais de 20 chefes de Estado ou de Governo da União Europeia reuniram ontem com o compromisso de avançar de forma “concreta” para “resultados rápidos” no combate ao desemprego dos jovens que afecta mais de seis milhões de europeus com menos de 25 anos.
De acordo com os últimos dados da Comissão Europeia, o desemprego afecta quase 60% dos jovens em Espanha e na Grécia, e 36,9% em Portugal.
No caso de Portugal, o programa Impulso Jovem arrancou com muitas dificuldades que obrigaram ao seu ajustamento mais do que uma vez. Nos últimos meses, porém, o desempenho tem sido mais positivo permitindo ao programa envolver, actualmente, cerca de 70.000 jovens, mas é pouco, muito pouco.
Ainda nesta área, depois de uma semana marcada pelas sempre famigeradas leituras dos rankings da escolas e do dilema escolas públicas versus escolas privadas, o governo veio defender o empreendedorismo como disciplina de ensino obrigatório, facto que merece nota positiva e faz parte da Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e Emprego 2014-2020.
De acordo com o documento, haverá a “integração de competências de empreendedorismo nos programas de ensino da escolaridade obrigatória”, para dar um “contributo significativo para a qualificação dos empreendedores do futuro” e “fomentar uma cultura de valorização e reconhecimento do empreendedorismo”.
A meta temporal associada à medida é, já, o segundo trimestre de 2014.
Boas notícias, quando se sabe que a cimeira europeia de Paris, apesar da preocupação manifestada com o desemprego jovem, passou ao lado da primeira condição para o combater:
O relançamento da economia, que tarda, numa Europa cada vez mais estagnada.
Continuação de Boa semana
Silvino Barata Alhinho (crónica na rádio diana)