O Bloco de Esquerda no executivo da autarquia representa uma possibilidade de real renovação, não só das pessoas, mas também das abordagens políticas da gestão do município.
Esta candidatura conhece bem o concelho, as suas potencialidades e as suas fragilidades, tem uma visão estratégica e um projecto para a cidade e a região; conhece os seus problemas e tem propostas realistas para os solucionar, dentro das contingências orçamentais geradas pelas anteriores gestões camarárias.
Desafiamos a mensagem de que não há solução de gestão camarária fora dos partidos tradicionalmente mais votados na região e não reconhecemos a qualquer desses partidos autoridade para se declararem politicamente mais capazes do que nós.
Tiveram dezenas de anos para restruturarem os serviços camarários e deixaram-nos chegar a um estado de inoperância que não é imputável aos trabalhadores. Temos uma proposta de restruturação e pretendemos discuti-la com os departamentos e os trabalhadores, para garantirmos uma mudança qualitativa efectiva dos serviços prestados à população.
Tiveram dezenas de anos para criarem condições de apoio mútuo com a Universidade e nunca encetaram o diálogo. Pretendemos agarrar o que resta da oportunidade de transformar Évora num polo de valor universitário reconhecido, criar um projecto conjunto com a instituição e aplicar todo o peso nacional e internacional da Câmara de Évora nesse sentido.
Tiveram dezenas de anos para criarem mecanismos de informação transparente e em tempo oportuno aos munícipes e deixaram-nos ser surpreendidos pelo estado calamitoso das contas municipais, quando já a recuperação dos danos se apresentava complicada ou mesmo insustentável. Há muito que as consultas públicas se limitam às exigidas por lei e são cada vez menos divulgadas. Pretendemos que na Câmara se instale o princípio de que a informação ao munícipe é uma prioridade e nunca uma perda de tempo.
Com o Bloco de Esquerda os cidadãos podem contar com transparência nos procedimentos, projectos participados pelos visados, iniciativas nacionais e internacionais para compensar a falta de liquidez a que a Câmara de Évora foi levada pelos sucessivos governos e, sobretudo, pela gestão danosa dos eleitos do PS nos últimos três mandatos.
Maria Helena Figueiredo (candidata do BE à Câmara de Évora)
Diário do Sul (aqui)