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Para onde nos levam?

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Há várias semanas que, neste espaço, nada escrevo sobre a política nacional. Mas antes de o fazer, quero deixar aqui a minha singela homenagem, porque no dia 4 de Dezembro, passaram 36 anos sobre a sua morte, ao homem que na minha opinião foi o maior entre os maiores. Refiro-me a Francisco Sá Carneiro, fundador do Partido Social Democrata.
Porventura, se ainda estivesse vivo, interrogar-se-ia, certamente, se as lutas que travou contra a sovietização do país, teriam tido algum sentido. Na verdade, a vontade do atual governo, apoiado pelos acólitos da extrema-esquerda, não deixam de todos os dias de nos surpreender, pois, a vontade de tudo controlar parece insaciável.
Com efeito, a demissão de António Domingues da administração da Caixa Geral de Depósitos é disso um exemplo. Fica a pergunta: Demitiu-se por sua livre iniciativa, ou, pelo contrário, foram-lhe criadas a circunstâncias para o próprio achar que não tinha condições para levar a cabo o projeto que apresentou para desenvolver o banco público? Por se tratar do dinheiro de todos nós, há explicações que tardam em chegar, e, que, num regime, verdadeiramente, democrático, há muito que teriam sido apresentadas por quem tem o dever de as fazer. O governo do país.
Acresce que o primeiro-ministro radia de felicidade por ter encontrado um caminho que todos conseguem caminhar e de mão dadas. O seu governo e os partidos que o sustentam. Porém, na entrevista que deu ao canal público, não sendo novidade para a maioria dos portugueses, ontem com todas as letras, afirmou que tudo corre bem, excetuando os números da dívida pública. Só para os distraídos, para a pagarmos, durante 16 meses, não poderíamos realizar uma única despesa. Agora aplique esta receita as vossas casas. È muito mau, não é? Assim vai o nosso país.
Isto dito, para um entendedor mediano, como é o meu caso, será inquestionável que, o que disse o senhor primeiro-ministro, é que desfazer as reformas que o anterior governo levou a cabo, a velocidade com que realizou a reposição dos rendimentos dos portugueses, terá uma inevitável consequência: Não conseguiremos paga a nossa dívida.
Por isso, não sei se virá o diabo, ou não. Mas que este senhor e os seus acólitos da extrema-esquerda estão a conduzir o país para o inferno, disso não me restam grandes dúvidas. E, caros ouvintes e leitores, obviamente, porque não sou masoquista, o meu desejo é que, estes senhores, venham a ter sucesso para o bem de todos nós.

José Policarpo (crónica na radio diana)

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