O debate, a discussão e a preparação do Orçamento de Estado para 2017 está na ordem do dia.
A construção de um Orçamento de Estado implica escolhas políticas e ideológicas. Sabemos bem quais foram as escolhas da direita: destruição do Estado Social, desvalorização do valor do trabalho e desrespeito por quem trabalhou toda uma vida. 2016 foi um ano de reposição de alguns dos direitos: reposição de feriados, fim da sobretaxa do IRS, descida do IVA da restauração, aumento do salário mínimo, reposição dos salários na função pública, reforço do Complemento Solidário para Idosos, Rendimento Social de Inserção e Abono de Família, ...
Mas depois de tanta destruição, sabemos que o que foi alcançado em 2016 é, ainda, curto. Assim, 2017 deverá ser não só um ano de continuação de retoma de direitos cortados, mas de aumento real do rendimento de quem menos tem.
Um país digno é um país que sabe respeitar quem trabalhou toda uma vida. É, portanto, essencial que se aumente o rendimento a tantos pensionistas que vivem abaixo do limiar da pobreza.
É tempo de escolhas... É tempo de definir o que entendemos por justiça... Eu sei de que lado estou, e entendo da mais elementar justiça pedir aos 1% mais ricos que participem no esforço de aumentar o rendimento a um milhão de pensionistas pobres.
Basta de apoiar quem mais tem e reforçar os privilégios abusivos das empresas privadas na área da saúde e energia. É mais do que tempo de inverter o caminho da destruição e apoiar quem mais precisa e reforçar o Estado Social. Este deve ser o lema do próximo Orçamento de Estado.
Até para a semana!
Bruno Martins (crónica na Rádio Diana)