Tenho acompanhado com grande preocupação a polémica que envolve a demora da inauguração do complexo desportivo de Évora (campo de rugby e pista de atletismo).
Os desportistas da nossa cidade, conjuntamente, com os grupos desportivos não entendem, nem aceitam o atraso da inauguração de uma infraestrutura, que, tanto quanto julgo saber, estará pronta para ser utilizada e que as entidades públicas, governo e câmara municipal, não conseguem chegar a um entendimento quanto à gestão da sua utilização.
Na verdade, há muito que a cidade e os praticantes de desporto, e, aqui, tenho que relevar a importância do Clube de Rugby de Évora, reivindicam um complexo desta natureza. Porém, só há cerca de dois anos é que fora tomada a decisão que obviou tal pretensão. Por isso, não se compreende e muito menos se aceita, que o complexo desportivo de Évora não esteja já à disposição dos seus potenciais utilizadores. O Governo e a Câmara municipal de Évora sairão muito mal deste impasse.
Tive conhecimento que a região do Alentejo deixará de ter a unidade de neonatologia com a valência dos cuidados intensivos neonatais. “Até agora referenciação é feita para o hospital Espírito Santo de Évora, que possui o título de hospital de apoio perinatal diferenciado, ou seja, trata de recém nascidos a partir das 24 semanas de gestação”. A proposta da actual tutela, todos os recém-nascidos com idade inferior a 32 semanas, deverão ser transferidos para Lisboa. Assim, o Alentejo será a única região do país, a ficar sem uma unidade de apoio perinatal diferenciado.
Por conseguinte, só me apraz recorrer ao provérbio popular: “ Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz e não o que ele faz”. A “Geringonça” que nos governa apregoa aos sete ventos, que a descentralização e a desconcentração são fundamentais para assegurar a coesão e a justiça social. Porém, decidem o oposto. Só espero que os Alentejanos saibam fazer justiça nas próximas eleições.
José Policarpo (crónica na radio diana)