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Manuel Melgão: uma chachada de "entrevista"

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Fiz um esforço enorme para ouvir estes 66 minutos de "entrevista". Ponho "entrevista" entre aspas porque não se tratou nada disso. Foi uma conversa o mais inócua possível. O "entrevistador" pegou naquilo que o candidato do PS disse serem as linhas mestras da sua candidatura (políticas sociais, educação e desenvolvimento económico) e foi por aí fora, com a mão debaixo do candidato não fosse ele se perder nos meandros de alguma questão.
Para o fim, e telegraficamente, quase pedindo desculpa, o director da rádio diana lá pediu a opinião do "entrevistado" sobre a cultura, o centro histórico, o ambiente... (dizendo mesmo que a estes assuntos é dada uma desmesurada importância, na sua opinião...).
O candidato do PS a isso quase nem respondeu. Deu a impressão que eram "perguntas fora do baralho" daquilo que estava combinado.
E é estranho - muito estranho - que não tenha havido uma pergunta sequer sobre o endividamento da Câmara, a relação com as águas do Centro Alentejo, o PAEL, a relação com os agentes culturais e desportivos, etc., etc...
Manuel Melgão e a sua candidatura podem sempre dizer que essas perguntas não lhe foram feitas - por isso não houve respostas.
Para mim, que não sou de deixar as palavras a meio, este parece mais um daqueles jogos com "resultado combinado", neste caso com perguntas previamente definidas.
Foi um mau trabalho da rádio - neste caso do seu director, José Faustino - (quando comparado o nível de perguntas feitas quer a Pinto de Sá quer a Maria Helena Figueiredo), mas foi também um mau serviço prestado à candidatura de Manuel Melgão. Quem ouve a entrevista (mesmo dolorosamente, pela falta de ritmo e de entusiasmo do candidato) percebe que há aqui um erro de casting - Melgão, com todos os seus defeitos e qualidades, não tem perfil para candidato à presidência da Câmara de Évora. Poderia dar um bom vereador das obras, do desenvolvimento económico, da educação, da acção social, sei lá... Mas - perdoem-me os seus apoiantes - para presidente de Câmara, de uma cidade como Évora, definitivamente, por enquanto - não sei o que vai acontecer noutros debates e entrevistas - não tem estaleca nem dimensão. É um personagem de segunda!
É uma pena. Mas a verdade é esta. Apesar do sentimento com que fiquei desta ter sido uma entrevista combinada (e aqui a "federação" deveria intervir como a federação de futebol intervém quando suspeita de jogos com resultados combinados) a prestação de Manuel Melgão foi muito abaixo do que se poderia supor. Nem atingiu os critérios mínimos para que, se fosse atleta, lhe fosse permitida a participação nos Jogos Olímpicos. Aqui, se esses critérios existissem, estaria definitivamente afastado do "jogo eleitoral", pelo menos como cabeça de lista.
Quanto a Paulo Jaleco ainda não ouvi a entrevista. Vai ser o meu próximo "calvário". Depois direi.


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