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Channel: A Cinco Tons
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Uma única palavra: prevenção

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Escrevo esta crónica, terça-feira, após ter participado no conselho municipal de segurança que ocorreu hoje nos paços do concelho da nossa cidade, na qualidade de conselheiro municipal indicado pela assembleia. Com efeito, saí da reunião com as algumas preocupações que pretendo partilhar com os ouvintes e leitores da Rádio Diana.
A primeira prende-se com o programa municipal de emergência do concelho de Évora. Interpelei a este propósito o senhor Presidente da Câmara Municipal no sentido de saber se o plano de emergência estava totalmente operacional e se observa a lei. O que me foi dito que o programa municipal de emergência não só está operacional, como observa todos os diplomas legais que regulam esta matéria. Porém, o responsável pelo serviço municipal pela proteção civil referiu que o centro histórico, pela sua especificidade, exige um plano de emergência especial que preveja as inúmeras particularidades que um centro histórico, como o da cidade de Évora o revela.
Não sou especialista na matéria, mas o bom senso dita a exigência de um plano de emergência para o centro histórico em plena articulação com todas as forças que integram a proteção civil. O incêndio que ocorrera no centro histórico de Viseu na semana passada trouxe à saciedade as lacunas e as debilidades aí vividas. Só por um mero acaso não houve maiores danos patrimoniais, quiçá até perdas de vidas. Por isso, não quero que a minha cidade esteja vulnerável às incúrias das pessoas e dos políticos. Porque em relação às vulnerabilidades naturais, ninguém as poderá remediar. Donde, o sucesso no combate às catástrofes reside na prevenção e na educação das populações. Do que é que estão à espera?
A outra preocupação reside no Hospital do Espirito Santo, no quinto piso, onde está sedeado o serviço de cardiologia. Segundo informação prestada pelo atual presidente da assembleia municipal de Évora, Dr. Jara, não há aí pontos de fuga, ou seja, as pessoas e pior os doentes, têm que sair pelas janelas ou ficam encurralados em caso de incêndio. Estão bem a ver o que seria a dificuldade de retirar não sei quantas pessoas, de um quinto andar, pelas janelas.
Mas isto não acaba aqui. Aquando do último simulacro realizado pelos Bombeiros Voluntários de Évora no hospital, demoram mais de uma hora para tirar a primeira pessoa devido aos inúmeros carros indevidamente estacionados. Só resta uma pergunta. O que é que o conselho de administração do Hospital poderá fazer para mitigar esta inusitada situação?

José Policarpo (crónica na Rádio Diana)

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