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Saída de Maria Reina da Educação do Alentejo não foi pacífica. Reina acusa Director Geral de "perseguição pessoal e emocional"

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Maria Reina Martim, ex-delegada regional da Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares Direção de Serviços da Região Alentejo, acusa o Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares, José Alberto Duarte de “perseguição pessoal e emocional”.
O mau estar não é de agora, altura em que Reina Martim é substituída nas funções por Manuel Maria Barroso, mas de há largo tempo.
Em entrevista exclusiva à Rádio Campanário, Maria Reina Martim conta que a situação se agravou com a entrevista para a escolha do delegado regional, no âmbito do concurso publico para a Direção- Geral dos Estabelecimentos Escolares, explicando que no dia em que se dirigia para a entrevista teve um acidente de viação, “no qual saí com inibição de condução, levou a que nem sequer fosse perguntado se eu estaria ou não em condições de me deslocar a Lisboa, se eu estaria em condições de trabalhar e acontece que na sexta-feira seguinte fui imediatamente convocada para uma entrevista para o dia 10, pedi uma autorização de férias que, neste momento acabo de receber como não autorizada para ir a essa mesma entrevista na medida em que me foi negado o pedido de dia de férias, considerando eu que não seria serviço oficial”.
“É a primeira vez na história de Portugal, depois do 25 de abril, e está previsto na lei geral e no código de trabalho, não pode nenhum candidato ser impedido de realizar um concurso porque teve um acidente”, acrescentando, “o júri teria obrigatoriamente nesse momento que informar o candidato quando tomou a decisão depois de receber a justificação, porque o candidato teve o cuidado de pedir para telefonar, eu não telefonei porque estava no serviço de urgência cheia de dores”.
Maria Reina Martim diz que vai recorrer da decisão porque “o diretor geral apenas tinha que aguardar que chegasse a minha justificação, analisou-a, entendeu que não era justificável, eu vou recorrer porque entendo que o serviço de urgência é justificável”.
Reina Martim continua, “quando eu estou na sexta-feira às 19h21, em minha casa, recebo um email para o meu email pessoal a dizer que fui excluída por um motivo não atendível e nesse mesmo momento, passados oito minutos, cai no email do serviço a informação de que foi designado o novo delegado regional do Alentejo, o que quer dizer que todo este processo foi interrompido, e publicamente digo que o senhor diretor geral tem desde os últimos tempos, feito uma perseguição à minha pessoa por uma razão muito simples, porque eu não pactuo com tudo o que o senhor diretor geral quer fazer”, justificando, “no dia 17 de junho, no dia do funeral do meu filho, o senhor diretor geral, sabendo ele, obviamente, que no dia 15 o meu filho faleceu, de que eu obviamente não estaria ao serviço, no momento em que que o meu filho estava a sair da Capela Mortuária de Coimbra, para vir para Évora onde foi o funeral, o senhor diretor geral manda um email para a delegada regional de Educação do Alentejo, personalizado, só para mim sem conhecimento a mais ninguém, para que eu realize o levantamento de uma situação, isto demonstra o carater do senhor, este senhor dispara esse email às onze e tal da manhã, mete-se no carro e apresenta-se no funeral do meu filho, e não teve até ao dia de hoje a capacidade de, até admitindo, enganei-me, desculpa, há aqui um conjunto de situações, como eu não disse sempre que sim, porque eu preservei acima de tudo os serviços regionais, preservei a identidade e a especificidade do Alentejo”.
A ex-delegada regional da DGEst diz ainda, “eu não sou capaz de ouvir dizer que as escolas do Alentejo porque têm 5% da população no peso total, não precisam das mesmas coisas, a postura do senhor diretor geral é ligar apenas às regiões em função do número e das pessoas que tem e eu funciono ao contrário, a minha matriz de trabalho não me permite funcionar nisto”, indo mais longe, “todos os nossos problemas começaram a partir do momento em que eu achei que tinha que lutar pela região Alentejo”, afirmando, “o senhor diretor geral fez uma perseguição pessoal e emocional à minha pessoa nos últimos tempos, que se agravou, principalmente, a partir do momento em que recebi aquele email, nenhum ser humano, nenhum ser com dignidade, é capaz de enviar um email desses a uma mãe que ainda não fazia 48 horas que perdeu um filho, isso demonstra o carater do senhor diretor geral e vou até ao fim com esse processo”.
Maria Reina Martim realça, “tudo o que estou a afirmar são situações que provo, eu não faço processos de intenção a ninguém”, dizendo que foi excluída do concurso “por uma ilegalidade”.
Quanto ao novo delegado regional, Manuel Maria Barroso, Reina Martim diz que “a região Alentejo ficará, certamente, bem servida, não tenho nada contra o novo delegado regional, no momento em que acabar a minha baixa médica quero passar-lhe os dossiers todos, eu quando entrei fui bem recebida na transmissão das pastas pelo professor Verdasca e eu quando sair vou fazer a mesma coisa, separar bem o que é o Doutor Manuel Barroso e separar bem o que é a tirania do Doutor José Alberto Duarte”.


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