António Veladas, que de jornalista se tornou empresário e "persona non grata" para alguns sectores timorenses, acusado de estar envolvido no "golpe" contra Xanana Gusmão, não perde uma oportunidade para "fazer prova de vida". Foi assim há quatro anos quando foi publicamente manifestar o seu apoio a Eduardo Luciano, da CDU, depois de ter esboçado uma caricatura de movimento independente e de se ter posto a milhas do projecto jornalístico "Registo", que criara, vem agora protagonizar mais uma peça de uma comédia em que se compara a... António Capucho.
No "Alentejo em Linha", Veladas afirma que se demarca da coligação PSD/CDS, em nome dos "princípios de Sá Carneiro" e que apoia Carlos Pinto Sá para a Câmara de Évora como "candidato independente".
Qualquer cidadão está no seu direito de apoiar quem muito bem entender. Mas Veladas, no seu estilo habitual, não se contenta com isso, e põe-se a jeito para uma interpelação do PSD, que tem todo o sentido. Diz o PSD/Évora, em síntese, "mas se ele há anos que não é do PSD porque é que vem agora meter o PSD ao barulho?".
"Não se percebe que rutura pode Veladas assumir com o PSD se a última vez que entrou na sede do PSD Évora, na Rua da Lagoa, foi em 2000, como candidato à concelhia de Évora e, tendo perdido as eleições, nunca mais ninguém lhe pos s vista em cima. Do PSD, já não será há 13 anos (porque os seus deveres de militante não foram cumpridos), social-democrata ... desconhece-se se alguma vez foi ou não. Enfim, necessidade de protagonismo à conta do PSD de Évora, que seria dispensável, porque está dispensado há mais de 1 década....", escreve o PSD(aqui).
A história, no fundo, não vale nada e acho mesmo que Carlos Pinto Sá passaria bem sem este apoio.