A época natalícia teve o seu início há quase três semanas, porém, a nossa cidade apresenta-se muito envergonhada, diria mesmo um pouco empalidecida. Falo-vos, por isso, dos enfeites de natal existentes e da animação, sobretudo da realidade que compreende o centro histórico.
Não obstante, tenda a reconhecer que existem aspectos novos e diferentes dos que aqueles que conhecíamos e uma tentativa de alterar e cortar com o passado recente. Para isso a edilidade juntamente com a associação comercial do distrito de Évora e a Entidade Regional de Turismo disponibilizam um comboio turístico para todos aqueles que queiram passear pelas ruas da nossa cidade, mediante um pagamento de um bilhete, como, também, proporcionam o visionamento de um filme na fachada principal da igreja de S. Antão, na praça do Giraldo.
Todavia, no que ao comboio turístico diz respeito, uma vez que é uma iniciativa sazonal, não tem carácter regular, temo que o pagamento de um preço possa colocar o sucesso da iniciativa em causa. Relativamente à projecção do filme na parede da Igreja de S. Antão, não digo que seja uma má iniciativa, mas com a parede da Igreja no mau estado em que se encontra, de todo em todo, resultará.
Em todo o caso, as reflexões que aqui deixo, são unicamente para acrescentar e não para destruir, não mais do que isso. Penso, aliás, que, para o ano, as partes interessadas, Câmara, Junta de Freguesia, no caso União das freguesias de Évora, Instituições públicas e privadas, Comerciantes e/ou quem os represente, deverão, todos em conjunto, concertar-se no sentido de conceberem uma animação de natal que verdadeiramente mobilize as pessoas, os residentes e quem nos visite, com o objectivo de fruírem e de gastarem efetivamente dinheiro, nas lojas, cafés, restaurantes, hotéis e nos demais locais da nossa cidade. Precisamos, por isso, que isto seja uma realidade e não um proclamado desejo.
Estou, portanto, convencido que todos, sem excepção, poderemos vir a beneficiar de entendimentos partilhados. E, por conseguinte, esta forma de actuar não pode ficar no campo das intenções, deverá, portanto, densificar-se na ação politica e empresarial no dia-a-dia.
José Policarpo (crónica na RádioDiana)