No virar do milénio Évora foi assaltada, deixada exangue e moribunda, à beira da estrada.
Évora estava a morrer.
A câmara actual está a ressuscitar os serviços municipais, cuidadosamente.
É preciso uma terapia cuidadosa para não matar o doente com o tratamento.
É preciso restaurar metabolismos saudáveis sem pôr em causa o que resta de vitalidade.
Para já, foram afastados, exterminados e deitados no lixo os parasitas mais danosos (sitee, ordenamento, espaços verdes, serviços jurídicos, etc.).
Aos poucos, de forma cada vez mais firme, o doente há de ganhar forças, reerguer-se saudável, e cumprir o seu objectivo primordial:
- serviços municipais capazes de apoiar a câmara, desenvolvendo e promovendo as potencialidades de Évora, de forma sustentável;
- serviços municipais capazes de apoiar a câmara, e Évora, a enfrentar o mundo, preparada para o que der e vier;
- serviços municipais que voltem a contribuir para colocar Évora no topo da "qualidade de vida" e da "atractividade", para que Évora tem competência, deseja e merece.
É preciso que todas os sistemas municipais trabalhem em uníssono, num organismo saudável, eficiente, racional, e honesto.
É preciso que a câmara e as forças vivas concelhias trabalhem em conjunto.
Em 14 anos arruinaram as finanças e desmembraram os serviços municipais.
Agora é preciso recuperar o moribundo, e ao mesmo tempo suportar os encargos fixos que os gatunos cá deixaram.
Há muito trabalho pela frente. É impossível fazer tudo de um dia para o outro. É preciso não desistir, fazer das tripas coração, e ter muita paciência.
É preciso não fazer como os gatunos, que prometeram a excelência e que, com a maior sobranceria, criminosamente, fizeram precisamente o contrário. É preciso assumir as responsabilidades. É preciso não esquecer o que se prometeu. É preciso não ser autista, abrir-se, conversar, ouvir, não ter medo das críticas.
Anónimo