Israel limita-se a seguir os ensinamentos do Deus sanguinário do Antigo Testamento.
Desde Moisés que eles chegaram, ocuparam a terra prometida, expulsaram os que lá viviam e massacraram os renitentes.
Foi assim nessa época e é assim desde 1947, só que, no século XX, o seu Deus tinha-se modernizado e falava inglês.
Este é o plano de há milhares de anos. E há milhares de anos as vítimas do braço armado do Deus dos Exércitos são os Palestinos (Filisteus).
Na verdade, pouca moral tem para falar em fundamentalismo e reclamar-se democrata ou anti racista, quem denodadamente através de milénios se auto intitula de povo eleito pelo desígnio de Deus. Que pelos vistos é só um e muito parcial na escolha dos crentes.
De notar que existem judeus e judeus sionistas, como existem islamitas e muçulmanos fundamentalistas, para quem o Corão deve ser levado há letra. O mesmo se passa com os católicos, com os hindus, com quase todos os praticantes de quase todas as religiões. O ódio e a tolerância são dois pratos da mesma balança, mas quase sempre esta pende para o lado do ódio.
E como pende! Se tirarmos Deus da história, tudo se resumirá, como sempre, ao dinheiro, ao poder e à necessidade que existe em alguns de nós, de imporem pela força o que não conseguem congregar pela razão.
Matam-se assim inocentes em nome de interesses disfarçados sob a capa de ideais. Aniquilam-se comunidades, arrasam-se países inteiros em função de mitos expressamente criados para justificar o massacre.
Só que os mortos são gente! Homens, mulheres, crianças que poderiam ser os nossos filhos, caso tivéssemos nascido no local errado à hora errada.
Há muita hipocrisia nestes facínoras.
Escrevo isto depois do Nobel da Paz o senhor Obama que tão insistentemente proclama a violação de direitos na Rússia, ou no Irão, na Síria e noutros lugares, que apela ao boicote aos oligarcas russos e aos perigosos revolucionários venezuelanos... ter vendido cinco mil mísseis ao Iraque.
Para quem não sabe, o sr Obama é o mesmo que condenou um ataque israelita a uma escola das Nações Unidas, para de seguida responder afirmativamente ao pedido feito por Israel de mais material bélico. Deve ter uma relação muito próxima com o tal Deus dos Exércitos, ou então com os fabricantes de armas...