(Francisco Mata Rosas)
Controle!
Investe!
Controle!
Investe!
Pois sim senhor! O que está a dar é controlar a informação e investir na ignorância. Bem aventurados os pobres de espírito pois deles será o reino dos céus...
Assim por assim, será de toda a conveniência aproveitar o reino da terra... E como? À cacetada está visto que já não dá, Desvalorizar os rendimentos do trabalho, concerteza! Mas tudo tem limites, as pessoa acabam por revoltar-se... mais tarde ou mais cedo acabam por se questionar e revoltam-se.
Tudo se sabe, e nem mesmo os mantras repetidos de que no privado é que está a virtude, ou de que a austeridade é o único caminho para a salvação, resultam indefinidamente. Afinal o único banco que se aguenta é o público e na saúde se não fosse o Estado... onde é que isto já ia, com a contratação de médicos entregue a empresas de trabalho temporário... das escolas nem é bom falar..., com os cursos da Lusófona e a bronca nos colégios do grupo GPS.
Enfim, até a própria austeridade como única saída para a crise é agora posta em causa pelos próprios credores, vá lá que essa ainda rendeu uma maioria, mas agora já não pega.
O problema, apesar de tudo, ainda é de simples solução. O que as pessoas não sabem, não as incomoda. É preciso apostar na informação. Mostrar como o mundo lá fora é mau, com todas as guerras, com todas as reivindicações violentas, e mostrar como cá apesar de tudo, são ainda as coisas singelas da vida que nos enformam o quotidiano. As noivas de Santo António, a seleção nacional, as coloridas festas populares, as belezas naturais deste nosso país e as novelas! Ahhh as novelas! A grande qualidade dos nossos artistas, o chilrrear dos nossos canoros, requisitados em todo o mundo. Os nossos empreendedores também! Temos de mostrar que o sucesso depende de noventa por cento de transpiração, nove por cento de inspiração e apenas um por cento de saber. A sorte deixamo-la para o euro milhões e para o sorteio das faturas, que os bons cidadãos merecem ter sorte. Quanto a debate de ideias, vamos ali ao café contratamos uns comentadores e convidamos os políticos a dizerem mal uns dos outros. Aiiii que nariz tão feio! O sr hoje não escovou os dentes! As suas ideias cheiram mal!
Providenciamos também a dor em direto, alguma miséria e correspondente caridade e a coisa está feita por mais uns anos.
Desde que o pessoal não pense, tudo se resolve.
Quanto aos jornalistas... despedem-se e no seu lugar colocamos técnicos de marketing e cachopas jeitosas, que uma carinha laroca fica sempre bem.